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educação

Universidades portuguesas reagem ao veto brasileiro a bolsas de estudo no país

A comunidade acadêmica portuguesa reagiu com pesar à determinação do governo brasileiro de não mais ceder bolsas do programa Ciências Sem Fronteiras a estudantes que postulam vagas em Portugal.

Bolsistas do programa Ciências sem Fronteiras na sede do Cnpq, em Brasília.
Bolsistas do programa Ciências sem Fronteiras na sede do Cnpq, em Brasília. Flickr/MCTIGovBr
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Com colaboração de Gustavo Ribeiro

A justificativa do Ministério da Educação é a de que os alunos devem aproveitar a oportunidade para dominar um outro idioma.

O professor de Comunicação Social, Luiz Carlos Lasbeck, concluiu seu pós-doutorado e lecionou na Universidade Católica de Portugal, que consta na lista das melhores da União Europeia.

Segundo ele, a justificativa para a decisão não corresponde à realidade.

"Estudei e dei aula aqui, e sempre tive de trabalhar de forma bilíngue. Recebíamos estudantes do mundo inteiro. A justificativa do MEC não é legítima. Eu falo inglês fluentemente e vim a Portugal por opção, pela excelência do Centro de Comunicação e Cultura onde estudei e lecionei", comenta.

Para o vice-reitor da Universidade do Porto, professor Antônio Marques, a decisão é um reflexo da imagem negativa de Portugal.

Ele considera que o país está apenas começando a construir sua reputação acadêmica.

"Portugal é um país periférico, sem muita influência na Europa. Temos universidades nos principais rankings de qualidade da Europa e do mundo, mas a imagem, infelizmente, não é boa", lamenta.

O programa Ciência Sem Fronteiras soma mais de 41 000 bolsas de estudos no mundo inteiro.

Portugal, ao lado da Espanha, era um dos destinos mais procurados pelos alunos.

Em conjunto com o anúncio do veto a Portugal, o Ministério da Educação vai oferecer cursos online de inglês, espanhol, francês, alemão e mandarim.
 

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