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SANTA MARIA/INCËNDIO

Brasil tem problemas de segurança em locais de 'grande público', diz jornal francês

Jornais, rádios, canais de TV e sites europeus continuam exibindo nesta segunda-feira testemunhos de sobreviventes e familiares de vítimas do incêndio na discoteca Kiss, de Santa Maria. A mídia europeia chama a atenção para os problemas de segurança na boate: o alvará de funcionamento estava vencido desde agosto, e a porta principal estava bloqueada na hora do incêndio, o que provocou caos no interior da casa e a morte de centenas de pessoas pisoteadas e asfixiadas.

A maior parte dos mortos no incêndio numa discoteca em Santa Maria, Rio Grande do Sul, tinha entre 16 e 20 anos.
A maior parte dos mortos no incêndio numa discoteca em Santa Maria, Rio Grande do Sul, tinha entre 16 e 20 anos. REUTERS/Ricardo Moraes
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O jornal francês Le Figaro diz que esse tipo de tragédia demonstra as deficiências de controle das autoridades municipais brasileiras em locais destinados a acolher o grande público. O diário Le Parisien reproduz a nota do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), lamentando profundamente a tragédia de Santa Maria.

As reportagens na imprensa europeia lembram sistematicamente que o Brasil está sendo observado de perto pelas instâncias esportivas internacionais, por sediar em pouco tempo três grandes eventos mundiais: a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

As imagens dos mortos e de familiares de vítimas são comoventes. O site do espanhol El Pais exibe em primeira página as mãos cruzadas de uma vítima no caixão, segurando um terço branco.

O português O Público afirma que a metade das vítimas tinha menos de 30 anos e morreu asfixiada ou esmagada. O diário sublinha que o incêndio de Santa Maria foi o que mais mortes provocou numa discoteca ou clube desde 2000. Pior que essa tragédia, só a que destruiu um centro comercial (e a discoteca no seu interior) em Luoyang, no centro da China, em 2000, em que 309 pessoas morreram. O Público assinala que a maior parte dos incêndios foi provocada por fogos de artifício.

O britânico The Guardian afirma que as autoridades brasileiras prometeram publicar um relatório detalhado sobre as causas do drama ao final das investigações.

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