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Pão de Açúcar/ Casino

Le Monde traça perfil de Abílio Diniz

O jornal Le Monde com data de sexta-feira traz o perfil do empresário Abílio Diniz, que dirige o Grupo Pão de Açúcar (GPA). Diniz deve transferir o controle do grupo para o Casino amanhã.

Com o título "incansável", Le Monde traz um perfil de Abílio Diniz.
Com o título "incansável", Le Monde traz um perfil de Abílio Diniz.
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Le Monde, que retraça a trajetória do empresário desde sua infância em São Paulo, chama Diniz de "dandy dos negócios" e o compara ao italiano Gianni Agnelli, diretor e co-proprietário da Fiat que morreu em 2003.

Segundo o artigo, é impossível entender o surpreendente restabelecimento econômico do grupo depois da crise de 1990, sem entender a história pessoal de Diniz e o trauma vivido durante seu sequestro em 1989. Na entrevista, Diniz afirma ter aprendido a ser humilde, a ouvir os outros, e que ficou mais disciplinado depois do sequestro, além de ter se reaproximado de Deus. "O dandy dos negócios se transformou em um tipo de guru da grande distribuição, que hipnotiza suas equipes transmitindo energia e valores", afirma Le Monde.

Para o jornal francês, aos 74 anos Diniz tem energia para dar e vender graças a uma rotina espartana, que inclui esportes e um regime rígido, à juventude de sua esposa, Geyse, de 40 anos e da equipe com quem trabalha.

Em um tom pessoal, Le Monde diz que o empresário queria acabar sua obra fusionando o GPA ao Carrefour, antes de deixar a presidência do grupo. Mas Jean Charles Naouri, diretor do Casino, não aceitou a ideia de se diluir em um grande conglomerado.

"Eu propunha que ele fosse o chefe do segundo distribuidor mundial. Eu sempre pensei que fosse um bom pacto para todo o mundo", afirma Diniz na entrevista. Mas, segundo o jornal, Naouri se sentiu traído.

Le Monde entrevista também a filha do empresário e administradora do grupo, Ana Maria Diniz, que diz que o pai nunca entendeu a atitude do diretor do Casino. "Ele sofreu muito com esta situação, mas agora está mais calmo", explica.

Mas segundo a análise do jornalista do Monde, na empresa, a saída do diretor não é vivida de maneira tranquila. "Se saio, eu levo comigo a cultura da empresa", afirma Diniz.

O artigo termina questionando se Jean Charles Naouri vai saber lidar com o otimismo brasileiro.
 

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