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União Europeia/Economia

Europeus cortam verba para Brasil e outros 18 países emergentes

A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira, 7, o corte de ajuda financeira a 19 países emergentes, entre eles, Brasil, China e Índia para reorientar seus recursos para os países mais pobres e se concentrar sobre uma melhor governança e o crescimento econômico. Os cortes estão previstos no orçamento para o período de 2014 a 2020.

Sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.
Sede da Comissão Europeia, em Bruxelas. Flickr/par Stuart Chalmers
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De acordo com o comissário europeu para o desenvolvimento, Andris Piebalgs, a decisão “é uma evolução das nossas relações com os países emergentes e um foco maior na ajuda aos países mais pobres”.

O novo orçamento plurianual da Comissão Europeia para o período de 2014 a 2020 prevê o corte da tranferência de fundos de ajuda ao desenvolvimento para 19 países considerados com renda intermediária: Argentina, Brasil, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Equador, Ilhas Madivas, Irã, Malásia, México, Panamá, Peru, Tailândia, Venezuela, Uruguai assim como Índia e Indonésia, que têm menor renda por habitante comparada aos outros países, mas cujo PIB ultrapassa 1% do Produto Interno Bruto, um dos critérios usados pelo bloco europeu.

Apesar de suspender a ajuda aos países em desenvolvimento, a União Europeia vai continuar a cooperar com esses países através de cooperações temáticas como nas áreas de direitos humanos, meio ambiente e igualdade de gênero.

Investimentos

A Comissão Europeia propôs um aumento de 17% (em relação aos valores de 2011) nas despesas com ações externas do bloco europeu, que atingirá 96,249 milhões de euros, o equivalente a 23 milhões de reais para o período de 2014 a 2020. Cerca de 35 milhões de euros serão destinados ao Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), um mecanismo abastecido com recursos diretamente repassados pelos países-membros ams gerenciado pela Comissão Europeia.

“A União Europeia é o primeiro doador mundial e vamos continuar líderes na lutra contra a pobreza”, defendeu Pieblags. “As propostas vão garantir que o orçamento da União Europeia contribua com um patamar similar de ajuda comparado ao compromisso do bloco de destinar 0, 7% de seu PNB para o auxílio ao desenvolvimento até 2015”, explicou.

O FED registrou um aumento de 38% em seus recursos em comparação com o período de 2007-2013. Bruxelas também propôs destinar mais de 18 milhões de euros (um aumento de 23%) aos vizinhos da União Europeia, particularmente os países ao sul do Mediterrâneo, para ajudá-los na transição democrática após as revoltas que marcaram a “primavera árabe”.
 

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