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Brasil/Eleições

Eleições no Brasil não devem mudar posição francesa sobre acordo UE e Mercosul

A União Européia acompanha atentamente a chegada do novo líder político no Brasil. Seja qual for o resultado nas urnas, Bruxelas pretende continuar fortalecendo os laços com o país. Os investimentos europeus são prova desse interesse crescente. Hoje, o Brasil recebe mais investimentos diretos do bloco do que Rússia, China e Índia juntas.

Rever os subsídios agrícolas franceses não seria uma prioridade do presidente Nicolas Sarkozy.
Rever os subsídios agrícolas franceses não seria uma prioridade do presidente Nicolas Sarkozy. Reuters/Philippe Wojazer
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Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

Bem antes das eleições presidenciais, o “principal interlocutor” do bloco na América Latina se tornou parceiro estratégico da União Européia. Mas esta parceria, cheia de boas intenções, nunca atendeu uma antiga reivindicação do Brasil: o fim da política protecionista agrícola do bloco.

No mês passado, as negociações para um acordo de livre comércio entre UE e Mercosul - interrompidas há seis anos - foram retomadas. Alguns especialistas acreditam que as chances de avanço estão agora mais limitadas pelo fato da Europa ter se recuperado apenas parcialmente da crise financeira mundial. Há também quem afirme que a margem de manobra política para fazer concessões será menor com a vitória da candidata petista Dilma Rousseff.

Com a expansão da economia brasileira, em 7% este ano, o Brasil é hoje um mercado atraente para investidores do bloco. E a desvalorização do euro em relação ao dólar tem ajudado a União Européia a ganhar competitividade na exportação de seus produtos. Em 2011, com o novo presidente do Brasil empossado, a expectativa dos dois blocos, europeu e sul-americano, é tentar concluir o acordo de livre comércio no segundo semestre do ano.

No entanto, do lado europeu, não existe nenhum interesse de países protecionistas, como a França, de retornar à mesa de negociações. Com a proximidade das eleições presidenciais francesas de 2012, o último gesto do presidente, Nicolas Sarkozy - cuja popularidade está em queda – seria o de provocar a ira dos agricultores do país.
 

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