Carlos Minc anuncia nova meta de diminuição do desmatamento da Amazônia
Durante a Conferência Internacional sobre Áreas Florestais, em Paris, ministro brasileiro do meio ambiente diz que governo pode alcançar uma queda de 90% até 2020, 10% a mais do que foi anunciado na Conferência de Copenhague.Os recursos para financiamento de novos projetos também dobraram, e podem chegar a 6 bilhões de dólares nos próximos três anos.
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O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou nesta quinta-feira da Conferência Internacional sobre Áreas Florestais em Paris, com representantes de mais de 60 países. O encontrou discutiu o combate ao desmatamento de florestas, ação que produz 20% das emissões mundiais de gás de efeito estufa. Minc anunciou que, nos próximos três anos, os recursos para o financiamento de projetos de gestão sustentável das florestas, o chamado REED (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, na sigla em inglês), deve chegar a cerca de 6 bilhões de dólares, que representam investimentos feitos pela Alemanha, Espanha e Estados Unidos. O valor representa quase o dobro dos recursos estipulados na Conferência de Copenhague, de 3 bilhões e meio. Como o Brasil abriga a Amazônia, a maior tropical do planeta, deve receber 40% dos recursos gerados pelo financiamento.
Minc ainda anunciou uma nova meta para a diminuição do desmatamento na região, estabelecida inicialmente em 80%. Segundo ele, o governo acredita que até 2020 seja possível obter uma queda de 90%. “Não temos que esperar que a ONU resolva tudo para começar o Reed. Tem recursos, tem a decisão de fazer e a vontade. O Brasil é um dos países que tem isso mais avançado, no manejo florestal empresarial e o manejo florestal comunitário”, disse.
O ministro brasileiro também disse que o Brasil vai ajudar a África, por exemplo, no monitoramento do desmatamento, utilizando os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O país ainda irá ajudar no treinamento do manejo florestal comunitário, com o objetivo, em suas palavras, de reconstruir “corredores de biodiversidade.”
França
O presidente francês, Nicolas Sarkozy fez o discurso de abertura da Conferência, defendendo que o combate ao desmatamento seja gerenciado pela ONU e não pelo G8 ou o G20. Ele disse que o problema não é exclusivo dos países do sul, e nem todos eles têm os recursos necessários para esse combate. Segundo o presidente francês, os países do norte devem colaborar financeiramente. Cerca de 13 milhões de hectares de floresta, o equivalente ao tamanho da Grécia, desaparecem no mundo a cada ano.
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