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Angola

João Lourenço denuncia políticos de sabotarem investimento estrangeiro para Angola

O Presidente João Lourenço acusou alguns políticos de desencorajar instituições financeiras estrangeiras para não investirem em Angola, sabotando os interesses do país. A estes adversários, João Lourenço apelidou-os de “vende-pátria”, durante um encontro, onde também lançou balizas para o processo de recuperação da economia.

João Lourenço, Presidente angolano.
João Lourenço, Presidente angolano. © AMPE ROGERIO/LUSA
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Recomendações para se encontrarem caminhos para a diversificação da economia angolana marcaram este sábado, 2 de Setembro, a abertura da reunião do Conselho Económico e Social, órgão de consulta do Presidente João Lourenço.

Ao tomar a palavra, o Chefe de Estado angolano reconheceu que os resultados económicos obtidos pelo país ainda não são animadores, mas acredita que, com mais trabalho, o quadro há de mudar também com a ousadia dos empresários.

Precisamos de alargar o leque de produtos de exportação, de preferência manufacturados, com valor acrescentado, para vender a melhor preço e garantir emprego local, sobretudo para a nossa juventude. O Executivo tem feito tudo, em termos de políticas, para criar um bom ambiente de negócios, para atrair investimento privado directo estrangeiro, para incentivar a Banca e o sector empresarial privado a fazerem a sua parte. Os resultados ainda são tímidos. Precisamos de maior ousadia, que os empresários aceitem correr o risco inerente a qualquer negócio”, lembrou João Lourenço.

O Presidente da República lamentou, ainda, a postura de alguns políticos angolanos que desencorajam o financiamento estrangeiro em Angola. 

Enquanto trabalhamos para o desenvolvimento económico e social do país, alguns políticos da nossa praça, que nunca quiseram o bem de Angola e dos angolanos, vêm realizando trabalho contrário junto das instituições financeiras internacionais, dos credores e investidores a desencorajar o investimento em Angola”, denunciou João Lourenço.

Ainda assim, João Lourenço considerou, igualmente, que esta acção dos seus adversários está condenada ao fracasso, porque espelha falta de patriotismo e sabotagem contra os interesses do próprio país.

Mais uma vez, esta acção que espelha bem a falta de patriotismo, sabotagem contra os interesses de seu próprio país, está condenada ao fracasso, porque, felizmente, os financiadores, credores e investidores, guiam-se por critérios objectivos de análise dos mercados, e conhecem a nossa seriedade no que diz respeito a honrar os nossos compromissos para com os credores, por isso os 'vende-pátria' não serão bem-sucedidos”, avistou o também líder do MPLA.

O chefe de Estado, avaliando a redução do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre os bens alimentares essenciais, explicou que os governos vivem dos impostos para projectarem o Orçamento Geral do Estado, construir infra-estruturas, pagar salários, apetrechar e manter permanentemente operacionais as forças de defesa e segurança, custear as despesas das missões diplomáticas, realizar a tempo o serviço da dívida, honrar os compromissos internacionais e outro tipo de despesas.

Por isso, João Lourenço almeja que Angola tenha de ser um importante destino turístico nos próximos anos, mas para isso acontecer, precisa de contar com os empresários, agentes e fazedores da cultura.

Ouça a Reportagem do nosso correspondente, Francisco Paulo.

01:59

Correspondência de Angola 03-09-2023

Banco Nacional de Angola. Imagem de Arquivo.
Banco Nacional de Angola. Imagem de Arquivo. © AFP - OSVALDO SILVA

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