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Angola

Automobilistas contestam a subida para 300 kwanzas do litro de gasolina

Luanda – A partir de hoje o preço do litro da gasolina, em Angola, passa a custar 300 kwanzas, mas a medida não abrange nem o sector produtivo nem os taxistas. Os populares mostram-se descontentes com a nova tarifa e responsabilizam o governo pelas consequências sociais da medida.

Corrida aos combustíveis em Luanda a 1 de Junho de 2023.
Corrida aos combustíveis em Luanda a 1 de Junho de 2023. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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O Governo angolano aprovou na quinta-feira uma série de medidas que visam a acautelar o impacto das reformas na vida dos cidadãos, por causa da eliminação parcial dos subsídios estatais ao preço do combustível, provocando o aumento do preço do litro da gasolina, que passou de 160 para 300 kwanzas.

Em reacção, o automobilista Mateus Agostinho diz não entender a subida da gasolina num país produtor de petróleo e responsabiliza o governo pelas consequências sociais por não ter preparado a população em relação a esta decisão.

Corrida aos combustíveis em Luanda a 1 de Junho de 2023.
Corrida aos combustíveis em Luanda a 1 de Junho de 2023. LUSA - AMPE ROGÉRIO

“Não se entende um país como o nosso, produtor de combustível… E, de um dia para outro o combustível, subiu desta forma, mas pelo menos preparavam as pessoas para anunciar com um mês de antecedência. Eu até agora não estou a conseguir entender”.

Maria Adão acha ser um erro a nova medida, alegando que o governo ao tomar a iniciativa tinha que acompanhar com o aumento salarial.

“Eles estão a fazer uma subida de 100%, os nossos governantes têm que contar também com os salários das pessoas. Os salários não subiram. Acho que não está certo”, lamentou.

Sobre a iniciativa, Luís Lazaro, motorista de uma rede hoteleira, entende que o país não está preparado para a subida do combustível, daí que questiona as razões da nova tarifa.

Ouça aqui a reportagem do nosso correspondente de Angola, Francisco Paulo.

01:17

Correspondência de Angola, 2/6/2023

O anúncio do fim dos subsídios levou a grandes filas para abastecimento de combustíveis ainda antes da meia-noite, na noite de quinta para sexta-feira. Escassas horas antes, Manuel Nunes Júnior, ministro do Estado para a coordenação económica, tinha justificado esta medida na sequência do Conselho de ministros desta quinta-feira, aqui num registo da agência Lusa.

00:39

Manuel Nuno Junior, registo da agência Lusa, 1/6/2023

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