Professores suspendem greve à espera de diálogo com governo angolano
A greve dos docentes do Ensino Superior em Angola foi suspensa durante 30 dias para "não prejudicar o ano académico" e dar tempo ao ministério do ensino superior de responder "às reivindicações dos professores", explicou o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres.
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O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) angolano decidiu suspender esta sexta-feira, 26 de Maio, a greve que decorre há quase três meses, desde o dia 27 de Fevereiro.
Os Professores do Ensino Superior angolanos estiveram reunidos com o governo a 17 de Fevereiro. Na altura, a ministra declarou que "os dois pontos fracturantes não tinham obtido respostas. Desde então não ocorreu nenhuma retoma de diálogo", reconhece o dirigente sindical. Os dois pontos fracturantes entre o governo angolano e a classe docente dizem respeito a "salários condignos" e "obtenção de seguro de saúde".
"A greve teve uma adesão de 99% e terminou com 91,5% de adesão. Se durante este período de 30 dias o governo não resolver os problemas e não quiser negociar, claro que no dia 27 de Junho retomaremos a greve e a responsabilidade continuará a ser do governo", aponta Eduardo Peres.
Esta é a quinta sequência da greve dos docentes, que começou no dia 27 de Fevereiro de 2023. O movimento de contestação começou a 10 de Novembro de 2021 e tem sido intercalado. Na altura, "as reivindicações estendiam-se em oito pontos, entre eles quatro fracturantes; fundos para investigação científica, formação contínua, salários condignos e seguro de saúde. Os fundos para investigação científica e a formação contínua constam no Orçamento Geral do Estado deste ano", descreve Eduardo Peres.
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