Angolanos que estavam no Sudão já chegaram a Luanda
Os dez estudantes angolanos que estavam no Sudão chegaram este sábado, 29 de Abril, a Luanda. Em declarações à imprensa, o representante dos estudantes angolanos, Roque Kuima; lembrou que a saída de Cartum até à Etiópia não foi fácil, sublinhando que a intervenção do Estado angolano foi determinante no processo de evacuação.
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Já chegaram a Luanda os dez estudantes angolanos que estavam no Sudão. Em declarações à imprensa, o representante dos estudantes angolanos em Cartum, Roque Kuima, lembrou que o processo de saída de Cartum até a Etiópia não foi fácil, sublinhando que os jovens correram perigo de vida durante todo o trajecto.
“Estávamos em perigo. Graças a Deus chegámos a território nacional muito bem, pela ajuda do Estado angolano. Nós não tínhamos possibilidade de nos deslocarmos à Universidade Internacional do Sudão, que é em Cartum. Através das indicações da Embaixada da Etiópia, da África do Sul e do Egipto, conseguimos chegar até à fronteira de entre o Sudão e a Etiópia.
Roque Kuima reconhece que "houve uma grande intervenção do Estado e por meio da embaixada da Etiópia e do nosso irmão cônsul chegaram são e salvos”.
A directora do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares, Maria Filomena António, garante que já há mais angolanos no Sudão e afirmou que processo de evacuação dos cidadãos de Cartum para Luanda foi um sucesso.
“Fizemos um trabalho conjunto, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros Sul Africano, e foi nesta condição que um grupo entrou pela fronteira do Egipto, interagiram com à embaixada, foram recebidos e outro grupo de cinco entraram pela fronteira da Etiópia", assegurou à diplomata.
Em catorze dias de combates, o conflito entre às Forças Formadas do Sudão (SAF) e a Unidade Paramilitar das Forças de Intervenção Rápida (RSF) mergulhou o Sudão para uma guerra civil, provocando uma crise de refugiados sem precedentes e agravando, ainda mais, a situação humanitária naquele país. As Nações Unidas e vários países têm tentado, nos últimos dias, mediar o conflito entre o exército e a grupo paramilitar para pôr termo aos confrontos que iniciou a 15 de Abril e que já fizeram mais de 500 mortos civis e mais de 4.000 feridos
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