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#Angola/Grandes Lagos

Angola insiste no fim do embargo de armas à RCA

Luanda acolhe, esta quinta-feira, uma cimeira de chefes de Estado para analisar a situação de segurança na República Centro-Africana. O Presidente angolano, João Lourenço, voltou a defender o levantamento do embargo de armas que pesa sobre Bangui.

Soldados do exército da República Centro-Africana. Bangassou, Fevereiro de 2021.
Soldados do exército da República Centro-Africana. Bangassou, Fevereiro de 2021. AFP - ALEXIS HUGUET
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O Presidente angolano e Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), João Lourenço, voltou a defender, esta quinta-feira, o levantamento do embargo de armas sobre Bangui.

"Manifestámos a nossa preocupação pela manutenção do embargo de armas, na medida em que a República Centro-Africana está a viver um contexto político interno diferente, caracterizado pela legitimidade das instituições do Estado, sendo que a prevalência desta situação impede as autoridades centro-africanas de usufruirem das capacidades necessárias para garantir a sua própria segurança", afirmou João Lourenço.

00:59

João Lourenço, presidente angolano, 16/9/2021

Em declarações ao Jornal de Angola, o ministro das Relações Exteriores, Tete António, disse que o evento é uma iniciativa do chefe de Estado, João Lourenço, na qualidade de Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.

Em cima da mesa estão as recomendações da última cimeira, realizada em Luanda, e a apresentação do Roteiro Conjunto para a Paz na RCA, feito por Angola e  Ruanda.

Na véspera, o Presidente João Lourenço recebeu em audiência o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, que enalteceu o esforço de Angola para a estabilidade na RCA.

O Presidente João Lourenço vem empreendendo bastantes esforços para ajudar a estabilizar a situação na República Centro-Africana”, afirmou Moussa Faki Mahamat, em declarações aos jornalistas.

O presidente da Comissão da União Africana também exortou as partes a assinarem um acordo de paz para estabilizar o país "porque já é hora de os centro-africanos tomarem a consciência de que devem parar com as hostilidades, sentar à mesma mesa e encontrarem uma solução”.

Moussa Faki Mahamat lembrou que a União Africana lançou, em 2016, a Iniciativa Africana para a República Centro-Africana, que levou, em 2019, à assinatura dos acordos entre as partes. Ainda que admita que estes acordos não levaram o país a uma tranquilidade, o responsável disse acreditar que os esforços da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, liderada pelo Presidente João Lourenço, surgem para reforçar esse objectivo.

O comunicado final foi lido por Téte António, ministro angolano das relações exteriores, que enumerou as deliberações tomadas, nomeadamente a aprovação de um roteiro para a RCA.

00:46

Téte António, ministro angolano das relações exteriores, 16/9/2021

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