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Protestos

Angolanos manifestam-se contra fome e falta de emprego

Pelo menos cinco províncias de Angola vão ser alvo de protestos esta tarde devido à difícil situação económica no país, com muitos angolanos a passarem fome e a não terem perspectivas de futuro devido ao desemprego no país.

Angola: Jovens marcharam em memória de Inocêncio de Matos.
Angola: Jovens marcharam em memória de Inocêncio de Matos. © Daniel Frederico
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A falta de emprego, assim como a fome são as principais reinvindicações de quem sai à rua hoje em Luanda, Cabinda, Uíge, Cunene ou Namibe.

Alexandre Kuanda, presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda, descreveu à RFI a razão destas manifestações.

"Olhando para Cabinda e para o seu potencial de recursos naturais, em Cabinda não existe nenhum projecto de juventude, nenhum projecto de garantia para os idosos, não há aquilo a que chamamos a expectativa de vida, progresso e desenvolvimento para a juventude", disse.

A falta de emprego, sobretudo para os mais jovens, preocupa Alexandre Kuanda. "Não temos indústrias onde trabalhar, não existe. a não ser o campo petrolífero que com baixa pressão já desempregou quase toda a opoulação de Cabinda", considerou.

Segundo este activista, em Cabinda, a situação está a agravar-se, especialmente quando se trata da fome. "O povo de Cabinda nunca pedia nas ruas comida, mas já pedem. O povo de Cabinda já passa fome", alertou.

Mas os cabindenses não temem a repressão da manifestação que deverá  juntar cerca de 500 pessoas nesta província angolana que luta até hoje pela auto-determinação.

"Pensamos que vai haver repressão, mas nós não temos medo disso porque é um exercício de cidadania", concluiu.

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