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Angola

Luanda mobiliza-se em campanha de recolha de lixo

O Governo Provincial de Luanda promoveu esta Segunda-feira 15 de Fevereiro, uma mega-campanha de recolha de lixo em toda a extensão da capital angolana, onde a gestão dos detritos tem sido um problema recorrente. Alguns moradores, que participaram na campanha, louvaram esta iniciativa, porque para eles os amontoados de lixo nos bairros e avenidas deixam um quadro desolador para a capital.

Operação de limpeza em Luanda a 15 de Fevereiro de 2021.
Operação de limpeza em Luanda a 15 de Fevereiro de 2021. © rfi/Francisco Paulo
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“Nós sentimo-nos solidários com a causa, porque a recolha de resíduos sólidos e o número aglomerado nas nossas comunidades afecta a sociedade em geral no que tem que a ver com a questão da saúde”, consideram os participantes da campanha ao alertar para a necessidade de consciencializar quem produz os detritos.

“O lixo sai da nossa casa para a rua. Produzimos e jogamos fora. Devemos é produzir o lixo e na altura de nos desfazermos dele, meter no saquinho e encostá-lo ao lado da porta para quando o carro passar, ele recolher”, acrescentam.

Por sua vez, ao reconhecer que “o nível de produção de lixo em Luanda é bastante”, a governadora Provincial de Luanda, Joana Lina, agradeceu a participação dos munícipes e expressou a esperança de que a adesão à campanha se multiplique por cada um dos municípios no intuito de «minimizar os principais focos de lixo.”

Mega-campanha de recolha de lixo em Luanda

Em Dezembro do ano passado, o Governo Provincial de Luanda rompeu o contrato com seis operadoras de recolha de resíduos sólidos da capital, por uma dívida acumulada das autoridades de 308 milhões de Euros.

Na sequência desta decisão, algumas operadoras retiraram os seus respectivos contentores que estavam repartidos por toda a extensão da província, uma remoção qualificada de “ilegal” pelas autoridades locais.

Ao anunciar na semana passada que as referidas empresas vão ser responsabilizadas, Dário Bamba, assessor jurídico da governadora da província de Luanda, argumentou que “os contratos que foram celebrados com as empresas são claros, ou seja, feita a cessação dos contratos, os meios e equipamentos, como contentores, ficam para a entidade contratante“.

Entretanto, ainda de acordo com as autoridades locais, devem brevemente ser lançados novos concursos públicos para licenciar novas operadoras de recolha do lixo.

Com mais de 8 milhões de habitantes, a capital angolana, refira-se, produz quase 7 mil toneladas de lixo por dia e tem estado há largos anos literalmente invadida pelos detritos devido a contenciosos com as operadoras responsáveis pela sua recolha.

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