“Edeltrudes demita-se já”, exigem manifestantes nas ruas de Luanda
Cerca de cem pessoas manifestaram-se em Luanda, exigindo a demissão de Edeltrudes Costa, chefe de gabinete do Presidente angolano João Lourenço, que alegadamente terá sido beneficiado em contratos com o Estado.
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Os manifestantes concentraram-se perto das 11 horas no Largo das Heroínas e saíram às 13 horas em direcção à Mutamba, numa marcha acompanhada de apitos e palavras de ordem contestando Edeltrudes e com recados ao Presidente e o partido do poder, Movimento Popular de Libertação de Angola.
Para o activista Benedito Jeremias 'Dito Dali', depois de entrega a petição à Presidência da República, o passo a seguir vai ser abrir uma queixa-crime contra o responsável do gabinete do Presidente angolano.
O activista entende que a Presidência da República não pode ser um abrigo para corruptos, sendo um local de soberania que representa o país em primeiro lugar.
Dito Dali descarta que a manifestação teve a mão de Isabel dos Santos, lembrando que o Presidente angolano "não pode apenas prender um e deixar outros impunes, quando promete combater a corrupção sem distinção".
A activista Laura Macedo lembrou que a manifestação "é apenas um dos vários meios usados para pressionar João Lourenço par despedir o director, apesar de ser conivente" ao escândalo reportado pelo canal português TVI.
“Quem está a dar oportunidade para Edeltrudes Costa ganhar dinheiro é João Lourenço. Edeltrudes deve ser afastado, processado e devolver tudo que ele levou no exterior por ser dinheiro dos angolanos”, disse activista.
Laura Macedo defende que combater a corrupção "tem de ser para todos e não apenas alguns".
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