Angola: Activistas querem demissão de Edeltrudes Costa
Activistas angolanos lançaram uma petição para exigir a exoneração do director de gabinete do Presidente angolano, Edeltrudes Costa, suspeito de ter facturado milhões de dólares em contratos públicos autorizados por João Lourenço.
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O objectivo da campanha é pedir o afastamento e a responsabilização criminal do gestor Edeltrudes Costa, supostamente envolvimento num escândalo de corrupção, defende Benedito Jeremias-Dito Dali- um dos mentores da iniciativa.
Benedito Jeremias diz que o Presidente da República não pode ficar indiferente perante o suposto escândalo corrupção do seu “braço direito” e muito menos minimizar um assunto que "belisca a imagem de Angola".
“Não temos outra saída senão promovermos uma chuva de campanhas e de recolha de assinaturas que ser acompanhada de um manifesto que dará entrada no gabinete do Presidente da República”, explicou.
A notícia avançada pela TVI, canal de televisão privado em Portugal, dá conta do envolvimento de uma empresa de consultoria de Edeltrudes Costa num negócio que tinha como objetivo a modernização dos aeroportos angolanos e que terá rendido vários milhões de euros em contratos públicos, que foram autorizados pelo chefe de Estado angolano.
O dinheiro terá sido utilizado para comprar imóveis de luxo em Sintra e Cascais, no distrito de Lisboa.
De salientar que familiares e colaboradores de Presidente João Lourenço têm sido, nos últimos meses, o centro de debate em Angola, devido o avolumar de denúncias de nepotismo e corrupção.
Manifestação no sábado
Neste sábado, os activistas angolanos vão organizar uma manifestação para exigir a demissão do chefe de gabinete do Presidente da República de Angola, Edeltrudes Costa. O protesto está a ser convocado pelas redes sociais e tem concentração marcada para as 11:00 no Largo da Independência ( 1º de Maio).
De salientar que familiares e colaboradores de Presidente João Lourenço têm sido, nos últimos meses, o centro de debate em Angola, devido o avolumar de denúncias de nepotismo e corrupção.
Na semana passada, o líder da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, mostrou-se preocupado com envolvimento de "figura relevante" da presidência da República em actos de supostos favorecimento em negócios.
Com a colaboração de Francisco Paulo, correspondente em Luanda.
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