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Angola regista primeiras duas mortes por coronavírus

O país diagnosticou já 7 casos de Covid-19 e reforçou a presença policial nas ruas, depois de várias pessoas nos últimos dias não terem cumprido com o isolamento social em pleno estado de emergência.

Angola reforçou o policiamento nas ruas para fazer cumprir a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus.
Angola reforçou o policiamento nas ruas para fazer cumprir a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus. © Daniel Frederico RFI
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Angola registou  as primeiras duas mortes por coronavírus  e diagnosticou já 7 casos de infecção, anunciou este domingo a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, são dois cidadãos angolanos. Trata-se de um dos cidadão, de 59 anos, residente habitual em Portugal, que tinha chegado a Angola no dia 12 de março.

"Esteve internado nos últimos dias na clínica Girassol e teve um quadro com uma evolução muito rápida, com insuficiência respiratória", precisou Silvia Lutucuta, explicando que o paciente tinha outras doenças associadas.

O segundo caso, um homem de 37 anos, angolano, residente em Luanda, chegou de Lisboa no dia 13 de março e esteve internado uma semana.

Entretanto, a presença policial foi reforçada este domingo, no intuito de impedir a venda ambulante e interditar a circulação de pessoas, depois de ter sido verificado uma desobediência por parte dos cidadãos no cumprimento da quarentena decretada pelo Presidente da República, João Lourenço na passada sexta-feira.

Mateus Rodrigues, porta-voz da polícia em Luanda, disse que "a corporação foi obrigada a reforçar a presença policial nas ruas e as restrições de livre circulação, porque se verificou uma situação de desrespeito das medidas contida no diploma legal de Estado de Emergência", justifica.

Nas ruas de Luanda, a RFI constatou que dezenas de mercados, nomeadamente nos municípios do Kilamba-Kiaxi, do Rangel, Maianga e Viana tinham já pouca circulação de pessoas e viaturas e testemunhou ainda o encerramento de vários mercados e venda ambulante. Um cenário diferente do que se viveu nas primeiras 48 horas do Estado de Emergência.  

Este Sábado, a Polícia Nacional deteve ainda 5 pastores da Igreja Adventista do 7º Dia, na província angolana do Bié, no sul do país, que realizavam cultos com mais de 35 crentes, sob violação de Estado de Emergência, sendo que deverão ser julgados dentro de 15 dias.

O Presidente da associação dos vendedores ambulantes denunciou, no entanto, excesso de zelo na actuação policial e pede ponderação. "O problema são as famílias que esses vendedores ambulantes sustentam, têm muitas pessoas a depender da zunga para dar de comer em casa, então a polícia não pode estar a usar excesso como está a acontecer infelizmente, já temos vindo a receber varias denuncias dos nossos associados", disse.

Quanto aos angolanos fora do país, as autoridades repatriarammais de 1500 cidadãos  que se encontravam em Portugal, dos quais 876 estão agora em quarentena, garantiu a ministra da Saúde, Silvia Lutukuta.

 

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