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Em Angola a semana fica marcada pela entregue, ontem, no Parlamento do primeiro Orçamento Geral do Estado de João Lourenço. O chefe de Estado quer a economia angolana a crescer 4,9% em 2018.

João Lourenço, Presidente de Angola. 28 de Novembro de 2017.
João Lourenço, Presidente de Angola. 28 de Novembro de 2017. ISSOUF SANOGO / AFP
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Ainda no país decorreu, esta semana, o seminário do MPLA sobre corrupção. O chefe de Estado aproveitou o momento para fazer um apelo a todos os angolanos para repatriarem o dinheiro que têm no estrangeiro e pediu ao Parlamento que inicie um novo ciclo de combate à corrupção, impunidade e nepotismo.

Para o efeito, o Banco Nacional de Angola vai estabelecer um mecanismo para o repatriamento de capitais no estrangeiro estimados, segundo o governador do BNA, em 31 mil milhões de dólares. A UNITA defendeu que os valores repatriados do estrangeiro devem ser incluídos no OGE de 2018 como receitas extraordinárias.

O principal partido de oposição que decide até hoje, em reunião política, o futuro do líder do partido cujo mandato termina em 2019. Isaías Samakuva afirmou que deixaria a presidência do partido depois das eleições gerais, contudo o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, admite que há consenso para que Samakuva termine o mandato.

Exonerações em Moçambique

As remodelações no executivo marcaram a actualidade em Moçambique. O Presidente da República, Filipe Nyusi, nomeou três novos ministros, na sequência das exonerações feitas na terça-feira. Em comunicado de imprensa, a presidência informou que José Pacheco é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação substituíndo Oldemiro Baloi, no cargo desde 2008, Ernesto Max Tonela foi nomeado ministro dos Recursos Minerais e Energia. Higino Marrule é o novo ministro da Agricultura e Segurança Alimentar.

Na quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional terminou a missão de 13 dias a Moçambique destinada a discutir a evolução da economia com os protagonistas nacionais. O FMI que tem estado a exigir que as três empresas estatais, EMATUM, PROINDICUS e MAM revelem a informação sobre o destino de dois mil milhões de dólares e que ao mesmo tempo sejam apuradas as responsabilidades.

No mesmo dia, o Presidente do Conselho de Administração da EMATUM, António Rosário, anunciou que foi encontrado um parceiro económico que vai permitir que a empresa de pescas retome a atividade parada há um ano.

Cabo verde reúne 10 milhões para combate à seca

Esta semana ficamos a saber que em Cabo Verde há 16 mil famílias, num total de quase 40 mil pessoas, que vivem em situações de vulnerabilidade. A informação consta nos primeiros dados do cadastro social único efectuado em 16 dos 22 concelhos do país.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou que o seu executivo conseguiu mobilizar mais de 10 milhões de euros, junto de parceiros internacionais, para mitigar os efeitos da seca e do mau ano agrícola no país.

Todos os partidos políticos com assento parlamentar mostram-se satisfeitos com a capacidade de mobilização do governo e a líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, propôs maior solidariedade do executivo para com os camponeses.

Escândalos abalam São Tomé

Em São Tomé e Príncipe, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid, deu uma conferência de imprensa onde denuncia a tentativa de suborno e afirmou que o caso da cervejeira Rosema é o caso mais polémico do sistema judiciário no país.

Ainda sobre este caso, o Ministério Público de São Tomé e Príncipe pediu autorização à Assembleia Nacional para interrogar o deputado Delfim Neves, vice-presidente PCD, como arguido no caso e solicitou clarificações sobre o estatuto parlamentar de Osvaldo Vaz para ser ouvido no mesmo processo. Osvaldo Vaz, vice-presidente do MPLSTP- PSD, que se demitiu do cargo na sequência desta investigação.

Num outro escândalo de alegada corrupção internacional que envolve as linhas aéreas de Moçambique e a operadora brasileira Embraer, o antigo Primeiro - Ministro de São Tomé e Príncipe, Guilherme Posser da Costa, foi constituído arguido. Em Moçambique três responsáveis estão em liberdade condicional e aguardam julgamento neste mesmo caso.

Futuro da Guiné Bissau discute-se em Abuja

A situação política na Guiné-Bissau é um dos temas que domina a ordem dos trabalhos da cimeira de chefes de Estado e Governo da CEDEAO que decorre hoje em Abuja, na Nigéria. Quinta-feira o chefe de Estado, José Mário Vaz, que marca presença na reunião, disse que não vai permitir uma solução externa para os problemas políticos do país.

 

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