MSF descreve “situação complicada” com refugiados congoleses em Angola
Todos os dias continuam a chegar refugiados congoleses a Angola. João Martins, responsável dos Médicos Sem Fronteiras em Dundo, contou à RFI que a situação tem sido complicada, havendo actualmente casos de malária, infecções respiratórias e diarreia, duas semanas depois de um fluxo com “muitas pessoas feridas, membros amputados e queimaduras”.
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Desde Abril, cerca de 30.000 pessoas fugiram do Kasai, na República Democrática do Congo em direção a Angola, nomeadamente ao Dundo, na província da Lunda Norte.
Em causa estão os conflitos étnico-políticos no Kasai e Kasai Central, que desde meados de 2016 já provocaram um milhão de deslocados, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Há duas semanas houve um fluxo de refugiados com “muitas pessoas feridas, membros amputados e queimaduras”, mas muitas pessoas continuam a chegar “andando dias e quilómetros para chegar a Angola”, de acordo com João Martins, responsável dos Médicos Sem Fronteiras em Dundo.
A província da Lunda Norte partilha 770 quilómetros de fronteira com a República Democrática do Congo, dos quais 550 terrestres e os restantes com limites fluviais.
João Martins falou a Michel Arseneault sobre o trabalho da MSF e a situação dos refugiados.
João Martins, Responsável da MSF
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