Presidente de Angola discursa perante os parlamentares
O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, discursou hoje na Assembleia Nacional, em Luanda, sobre o Estado da Nação, durante a sessão solene de abertura da quinta sessão legislativa da III legislatura. Por ser o seu último discurso no parlamento antes das eleições gerais de 2017, esta intervenção era aguardada com expectativa.
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Esta era a última sessão legislativa, antes das eleições de 2017 e decorreu - pela primeira vez - no novo edifício-sede da Assembleia Nacional, inaugurado no ano passado. No seu pronunciamento, foram evocados temas como a crise económica e financeira do país, o balanço do seu Executivo e as relações internacionais, o presidente tendo responsabilizado os Estados Unidos por muitos dos problemas que afectam África.
Pouco se adiantou contudo sobre um aspecto sobre o qual muito se tem especulado: as suas intenções quanto a uma eventual candidatura à sua própria sucessão no quadro das eleições gerais do ano que vem. No passado mês de Março, referiu que tencionava retirar-se da política sem contudo especificar se iria ou não ser novamente candidato ao cargo que ocupa há 37 anos. Aludindo a esse aspecto no seu discurso hoje, José Eduardo dos Santos apenas pediu "lisura e transparência" na organização do processo eleitoral e que ele "corresponda de facto à real vontade dos eleitores". Nada filtrou sobre uma eventual recandidatura.
No respeitante à situação económica do país,José Eduardo dos Santos, afirmou que o crescimento de Angolanão estagnou, e que apenas "perdeu a pujança" devido à crise. O Presidente angolano mencionou o esforço de recuperação após a guerra, como uma das razões da lentidão da recuperação económica do país: "Foi preciso fazer quase tudo de novo. Desminar, reconstruir, reequipar e reorganizar”.
Ao reconhecer as dificuldades que o país atravessa, José Eduardo dos Santos considerou todavia que "Angola está a lidar com a crise melhor do que outros países” e deu como exemplo "a baixa progressiva dos preços dos bens essenciais, da inflação, e a taxa de juros, a recuperação da actividade das empresas e dos níveis do emprego". Ainda a este respeito, José Eduardo dos Santos declarou que Angola tinha conseguido alcançar alguns dos objectivos do milénio.
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