Angola: MPLA revoltado com livro sobre Agostinho Neto
O MPLA, partido no poder em Angola, denunciou numa declaração a alegada campanha de denegrimento contra o primeiro presidente do país. Em causa a publicação em Portugal este mês do livro "Agostinho Neto, o perfil de um ditador: a história do MPLA em carne viva" do historiador Carlos Pacheco.
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Esta extensa biografia de Agostinho Neto com um total de 1471 páginas em dois volumes foi editada pela Nova Vega e teve lançamento público no passado dia 5 na Torre do Tombo, em Lisboa.
Uma sessão deveras agitada que contara com a presença de um grupo de jovens em protesto contra a obra em causa.
O historiador luso-angolano teria passado anos, nomeadamente a vasculhar documentos da antiga polícia política portuguesa PIDE/DGS, e admitia estar-se ali perante "uma obra chocante" com a revelação de facetas inéditas da figura cimeira do nacionalismo angolano com ênfase para os desmandos do mesmo e as divisões e ódios no seio do partido que ainda hoje governa este país africano.
O comunicado do bureau político do Comité central do MPLA denunciava "um opúsculo saudosista do colonialismo português e "repudia, veementemente, a forma caluniosa e insultuosa como é tratado o maior Herói da Luta de Libertação Nacional".
João Pinto, vice-presidente do grupo parlamentar do MPLA alega que o partido ficou "supreso e revoltado... "com a campanha que se está a desenvolver a partir de Portugal contra a figura do doutor Agostinho Neto, político, médico, escritor e fundador da nação angolana".
João Pinto, vice-presidente do grupo parlamentar do MPLA
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