Julgamento de activistas angolanos : "desgastar até à exaustão a defesa"
No oitavo dia de julgamento aos 15 + 2 jovens activistas, a defesa viu o segundo pedido de 'habeas corpus' negado pelo Tribunal Supremo. Até ao momento foram ouvidos quatro réus; Nito Alves, "Hitler", Domingos da Cruz e Nuno Bala.
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O réu Nuno Álvaro Dala continuou hoje a ser interrogado neste 8° dia do julgamento que promete ser o mais polémico em Angola. Dala é um dos 15+2 activistas angolanos acusados de actos preparatórios de tentativa de golpe de Estado e de atentado contra o Presidente José Eduardo dos Santos, e denunciou que muitas das declarações na fase de instrução processual foram adulteradas.
Um dos advogados Miguel Francisco, conhecido por Michel, defende a necessidade de acelerar o julgamento e defende que é uma estratégia para "desgastar até à exaustão a defesa".
As audiências continuam a ser longas levando, inevitavelmente, ao prolongamento do julgamento que continua a decorrer, desde terça-feira 17 de Novembro, à porta fechada.
"O julgamento começou no dia 16 e até agora só estamos (a ouvir) o quarto reú e ainda falta muito. Nito Alves, "Hitler", Domingos da Cruz e Nuno Dala que começou a ser ouvido ontem e continua até hoje. A imprensa nacional e internacional deveriam ter acesso a este acórdão para depois fazer o seu juízo de valor. Os argumentos que o Tribunal Supremo parecem ser muito frágeis. A estratégia está assente sem que eles o digam no facto de tentarem cansar e desgastar até à exaustão a defesa para tornar o processo insustentável", descreveu o advogado Michel.
Advogado angolano, Michel
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