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Angola

Angola julga jovens à porta fechada

O segundo dia do julgamento dos dezassete activistas de direitos humanos acusados de tentativa de golpe de estado contra o executivo do Presidente angolano,decorreu à porta fechada. Apenas dois membros da família de cada um dos detidos têm acesso à sala e voltou a ser negada a presença de observadores internacionais.

Segundo dia do julgamento dos 15+2 em Luanda
Segundo dia do julgamento dos 15+2 em Luanda Central Angola
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No segundo dia de julgamento o acesso continuou a ser negado à imprensa e aos observadores internacionais. Depois dos actos violentos registados ontem à porta do Tribunal de Benfica, arredores de Luanda, esta terça-feira os activistas voltaram a denunciar o uso da violência por parte das forças policiais contra os própios réus, no interior da sala audiências. 

O julgamento começou ontem com a apresentação da acusação do Ministério Publico pelo Tribunal e a contestação da defesa dos arguidos. Os advogados da defesa dos réus consideraram inaceitável o facto de, supostamente, o Tribunal ter vetado o acesso ao processo ate o dia do início do julgamento.

Estão entre os 17 réus, duas jovens activistas, Laurinda Gouveia e Rosa Conde que aguardaram o julgamento em liberdade. Fortes medidas de segurança envolveram o Tribunal para impedir a aproximação de manifestantes que exigem a libertação dos activistas e questionam a imparcialidade do colectivo de juízes. Os réus começaram a ser ouvidos pelo tribunal e alguns, apresentaram-se descalços e com mensagens inscritas nos uniformes prisionais:"basta de ordens superiores o país tem lei".

Um membro do comité de Relações Internacionais do Senado norte-maricano enviou uma carta aberta ao chefe de estado, José Eduardo dos Santos mostrando “preocupação pela erosão dos direitos humanos e da liberdade política em Angola” e pediu  “a revisão da conduta da polícia e dos procuradores” para “assegurar o respeito e protecção de todos os direitos constitucionalmente garantidos dos angolanos”.

Com a colaboração do nosso correspondente em Luanda, Avelino Miguel.

01:33

Correspondência de Angola

 

 

 

 

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