Angola: Autoridades refutam "primaveras árabes"
Angola assinalou com pompa e circunstância os 40 anos da sua independência. No acto solene, a que assistiram diversos estadistas africanos, as autoridades frisaram a recusa de qualquer "primavera", numa alusão à onda de detenções ocorrida desde Junho de figuras críticas do regime.
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Os chefes de Estado que prestigiaram o acto como Jacob Zuma, da África do Sul, Joseph Kabila da RDC, Denis Sassou Nguesso do Congo-Brazaville, Seretse Nkama ya Nkama do Botswana , Filipe Niussy de Moçambique , Pinto da Costa de São Tomé e Principe, entre outras individualidades, já começaram a regressar aos seus respectivos países.
O acto central que marcou o quadragésimo aniversário da independência de Angola decorreu com pompa e circunstância e sem sobressaltos como testemunhou Alberto de Jesus, correspondente em Luanda, com discursos de firmeza relativamente às críticas ao regime.
Correspondência de Alberto de Jesus
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, insistiu no respeito da constituição e na questão da separação dos poderes e a independência dos tribunais. "Na política não vale tudo", alegou o chefe de Estado.
José Eduardo dos Santos, presidente da república de Angola
Por seu lado Bornito de Sousa, ministro angolano da administração do território, alegou que os angolanos rejeitam "cortar atalhos e perturbar a legalidade eleitoral já alcançada, a troco da oferta de primaveras que noutros países demonstraram ser infernos destruidores."
Bornito de Sousa, ministro angolano do interior
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