Secção portuguesa da AI recebida na embaixada de Angola

Um dia depois do activista angolano Luaty Beirão ter posto fim à sua greve de fome num contexto de forte mobilização internacional, a secção portuguesa da Amnistia Internacional foi hoje recebida na Embaixada angolana em Lisboa, tendo sido entregue à ministra conselheira da embaixada Isabel Godinho e restantes diplomatas angolanos as cerca de 42 mil assinaturas recolhidas pelas petições da AI a favor do respeito pelos Direitos Humanos em Angola.  

A AI expressou preocupação com a saúde de Marcos Mavungo. facebook.com/josemarcos.mavungo

Ao todo, a Amnistia Internacional recolheu quase 38.500 assinaturas para pedir a libertação dos 15 activistas detidos desde o passado mês de Junho, perto de 900 assinaturas referentes ao caso judicial do activista Rafael Marques vieram juntar-se às 11 mil assinaturas alcançadas numa primeira campanha com o mesmo objectivo e outras cerca de 2300 assinaturas foram apresentadas para apelar à libertação de Marcos Mavungo, condenado no passado mês de Setembro a 6 anos de prisão efectiva por ter tentado organizar uma manifestação em Cabinda.

Em entrevista com a RFI, Ana Monteiro, coordenadora de campanhas da Amnistia Internacional em Portugal, refere que ao entregar as suas diversas petições, a sua organização não deixou de reclamar uma vez mais a libertação "imediata e incondicional dos activistas". Esta responsável refere que foi igualmente expressada preocupação com o estado de saúde dos detidos nomeadamente de Marcos Mavungo, a Amnistia Internacional tendo recordado "os compromissos internacionais que Angola assumiu".

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Ana Monteiro entrevistada por Neidy Ribeiro

Refira-se ainda que a Amnistia Internacional apelou a mais uma vigília de apoio aos activistas angolanos na praça do Rossio em Lisboa no final desta tarde. Por outro lado, soube-se igualmente que no Canadá um grupo de angolanos está a preparar-se para organizar uma vigília na sexta-feira e em seguida uma manifestação pacífica em Toronto no próximo domingo para pedir a libertação de todos os activistas detidos em Angola.