"Liberdade já" com quase 28 mil visualizações

Desde 19 de Julho quase 28 mil pessoas visualizaram os dois vídeos intitulados "Liberdade Já" para pedir a libertação dos presos políticos em Angola, 14 activistas e 2 militares detidos desde 20 de Junho e indiciados de tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Presidente angolano.

Jovem activista Manuel "Nito Alves" um dos detidos desde 20 de Junho DR

Sociedade civil, escritores, músicos e artistas angolanos, cabo-verdianos e portugueses, bem como académicos de vários países da Europa e dos Estados Unidos, ou ainda ONGs da África Austral e a Amnistia Internacional, pedem liberdade para os presos políticos em Angola.

Os dois vídeos disponíveis nas redes sociais desde 19 de Julho intitulados "Liberdade Já" foram visualisados por quase 28 mil pessoas.

Kalaf Epalanga, agitador, cronista, poeta e músico do grupo Buraca Som Sistema.

Kalaf Angelo nasceu em Benguela em 1978, reside em Lisboa há cerca de 20 anos, e escreveu dois livros de crónicas: "Estórias de Amor para Meninos de Côr" e o último em 2014  "Angolano que comprou Lisboa (por metade do preço)" encenado e levado ao palco do Centro Cultural de Belém em Maio passado.

Ele é um dos muitos participantes nos vídeo "Liberdade Já" "por necessidade de liberdade, pelos Direitos Humanos e a democracia".

Estão agendadas para esta quarta-feira (29/07) manifestações em simultâneo em Lisboa e Luanda, para exigir a libertação dos presos políticos em Angola, tanto os detidos desde 20 de Junho na região de Luanda, quanto os três presos a 14 de Março em Cabinda (o presidente da Ordem dos Advogados de Cabinda Arão Tempo e o seu cliente Manuel Biongo, em regime de liberdade condicional e o defensor de Direitos Humanos Marcos Mavungo que continua detido).

Kalaf Epalanga espera que "as autoridades aproveitem a ocasião para iniciar um diálogo com a sociedade civil e com os organismos que procuram a liberdade dos presos políticos" e defende que "Angola deve aproveitar o facto destes jovens estarem com ideias e com vontade de participar na construção de um país melhor...não há razão para não aproveitar a energia que eles têm para construir".