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Brasil/México

Brasil não é um bom exemplo para México, diz célebre colunista mexicano

Uma homenagem no Senado mexicano encerra nesta quarta-feira (27) a visita oficial de dois dias da presidente Dilma Rousseff ao México. A viagem selou um novo capítulo nas relações políticas e comerciais entre os dois países. Mas um dos mais importantes jornalistas políticos mexicanos, Sergio Sarmiento, critica o modelo econômico brasileiro e diz que o Brasil não é um bom exemplo para o México.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto com a presidente do Brasil Dilma Rousseff, durante seminário na cidade do México. 26/05/15
O presidente do México, Enrique Peña Nieto com a presidente do Brasil Dilma Rousseff, durante seminário na cidade do México. 26/05/15 REUTERS/Edgard Garrido
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Fernanda Brambilla, correspondente da RFI no México

O primeiro dia de visita da presidente Dilma Rousseff no México, na terça-feira (26) pode ser resumido em uma imagem inusitada: um brinde dela com um copo de tequila, e de Enrique Peña Nieto, com um de cachaça. Os presidentes de Brasil e México se esforçam para passar a imagem de uma relação descontraída. E a cerimônia contribui para que tanto Peña Nieto quanto Dilma dissipem os fantasmas que têm em comum: governos manchados por acusações de corrupção, baixa aprovação e até panelaços.

Vários acordos foram assinados nas áreas de comércio, investimentos, turismo e meio ambiente. O comércio entre Brasil e México, que já registrou aumentou 475% nos últimos anos e superou US$ 9 bilhões de no ano passado, deve aumentar depois dessa visita.

Resta saber se os acordos comerciais entre os dois países líderes da América Latina também serão reforçados. O México aposta nisso e está disposto até em discutir sanções sanitárias se for preciso para engrossar o volume de investimentos brasileiros no país. A postura firme é um sinal.

Críticas da imprensa ao Brasil

O Brasil não tem a mesma imponência nos últimos anos. O México, com uma expectativa de crescimento de 3%, parece entender isso. Como escreveu hoje o colunista Sergio Sarmiento, do jornal "Reforma", um dos mais importantes do país, “os tempos são outros”. “Um país não pode crescer com impostos tão altos, gastos governamentais excessivos e economia fechada”, afirma o jornalista. O modelo brasileiro, argumenta Sarmiento, não é um exemplo do que o México não deve fazer.

Nesta terça-feira, Dilma concede uma entrevista coletiva, antes de ser homenageada mais uma vez, agora no Senado mexicano, para terminar a visita com a melhor das aparências.

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