Acesso ao principal conteúdo
EUA/Massacre do Texas

Atirador de Fort Hood é condenado à morte nos EUA

O ex-psiquiatra do exército americano Nidal Hasan foi condenado à morte nesta quarta-feira pelo assassinato de 13 pessoas em 2009, na base militar de Fort Hood, no Texas. Reunidos em corte marcial nesta mesma base, os treze membros do júri militar decidiram por unanimidade pela pena capital, depois de quatro horas de deliberação. Ele também será excluído do exército e perderá toda sua remuneração.

Nidal Hassan foi condenado à morte pelo assassinato de 13 pessoas em novembro de 2009
Nidal Hassan foi condenado à morte pelo assassinato de 13 pessoas em novembro de 2009 REUTERS/Bell County Sheriff's Office/Handout
Publicidade

Nidal Hassan foi considerado culpado de 45 acusações na semana passada. De acordo com sua antiga equipe de defesa, que ele mesmo dispensou, seu objetivo era mesmo a pena de morte. Ao longo de todo o processo, que começou no último dia 6, o acusado se recusou a convocar testemunhas, não contestou nenhum dos 89 depoimentos apresentados pela acusação nem forneceu qualquer elemento que permitisse a atenuar sua pena. Pelo contrário, sua única declaração ao júri foi: "eu sou o atirador".

Considerado um "lobo solitário" da Al-Qaeda, Hasan confessou diversas vezes durante o julgamento ter matado 12 militares, um civil e ferido dezenas de outras pessoas em Fort Hood, no dia 5 de novembro de 2009. De acordo acordo com ele próprio, o objetivo era impedir os soldados de participar das guerras "ilegais" no Afeganistão e no Iraque. De acordo com o procurador militar Steven Henricks, Hasan acredita ter cumprido seu "dever de matar em nome da Jihad", a guerra santa muçulmana.

Desde 2005, um militar não era condenado à morte nos Estados Unidos. O último foi o ex-sargento Hasan Akbar, que foi considerado culpado do assassinato de dois soldados, no Kuwait, em 2003. Ele ainda não foi executado porque a defesa alegou problemas psiquiátricos e a apelação ainda está em curso. Se Nidal Hasan for morto, esta será a primeira execução de um militar americano em 52 anos. Este tipo de procedimento é raro porque depende da aprovação do presidente dos Estados Unidos.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.