Camareira que acusou Strauss-Kahn é ouvida por promotor em Nova York
A camareira Nafissatou Diallo que acusa o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de estupro, foi ouvida ontem durante 8 horas pelo promotor que investiga a denúncia em Nova York, Cyrus Vance. Eles ouviram juntos a conversa telefônica gravada pela polícia entre a camareira e um amigo dela, detido por tráfico de drogas, um dia depois do suposto estupro.
Publicado a: Modificado a:
Na conversa, Nafissatu Diallo teria dito que sabia o que estava fazendo, destacando que Strauss-Kahn tinha muito dinheiro. O advogado da camareira afirma que esse trecho da conversa, gravada em dialeto guineano, foi mal traduzido e manipulado pelo jornal The New York Times. Seu advogado indicou que ela poderá entrar com um processo civil na justiça, para obter uma indenização de Strauss-Kahn.
Há uma semana, Nafissatou Diallo começou uma campanha na mídia americana para recuperar sua credibilidade, manchada por declarações da promotoria de que ela mentiu durante seus depoimentos. Hoje, a camareira vai ao Brooklin, bairro onde morava, para agradecer o apoio de sua comunidade durante o escândalo. A próxima audiência de Strauss-Kahn com o juiz do caso foi adiada para 23 de agosto.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro