Medicamento pode reduzir em até 65% as chances de câncer de mama
Estudos apresentados durante o congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia (Asco) indicam que o remédio Aromasin, produzido pelo laboratório Pfizer, permite reduzir em até 65% os riscos de desenvolver câncer de mama em mulheres de mais de 60 anos.
Publicado a: Modificado a:
O medicamento bloqueia a produção de estrogênio em mulheres que já passaram pela menopausa e gera poucos efeitos colaterais, em comparação com outras drogas que agem da mesma forma - mas podem aumentar o risco de câncer de útero e coágulos sanguíneos. Ainda assim, os efeitos colaterais do medicamento não devem ser desconsiderados.
Segundo especialistas que não participaram da pesquisa, inibidores de aromatase como o Aromasin podem gerar ondas de calor, artrite e perda de densidade óssea. Nas mulheres que desenvolveram um câncer de mama apesar de terem consumido o Aromasin, os cientistas americanos identificaram tumores menores e menos agressivos do que naquelas que só ingeriram o placebo.
Segundo os autores da pesquisa, esses resultados poderiam, a longo prazo, "dar novas perspectivas revolucionárias" ao tratamento e à prevenção do câncer de mama. Resta saber se o medicamento vai obter uma autorização para ser comercializado com esses fins, uma vez que a patente do Exemestano, princípio ativo do Aromasin, expira no fim de 2011.
Com a colaboração de Victória Álvares
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro