Cinza do vulcão chileno causa distúrbios no espaço aéreo argentino

A nuvem de cinzas gigante, expelida pelo vulcão Puyehue no fim de semana no sul do Chile, atrapalha a vida dos viajantes na Argentina. Vários aeroportos em cidades turísticas como Bariloche tiveram que interromper suas atividades nesta segunda-feira.

Frequentadores de cidades turísticas, com San Martin de Los Andes, na Patagônia Argentina, tiveram que se proteger das cinzas expelidas pelo vulcão. Reuters

A nuvem de cinzas do vulcão Puyehue colocou em estado de alerta várias cidades da Patagônia, no sul da Argentina. Os aeroportos de Bariloche, San Martin de los Andes, Junin de los Andes, Piedra del Aguila, El Bolson, Villa La Angostura e Traful, importantes cidades turísticas da região próxima da fronteira com o Chile, ficaram fechados nesta segunda-feira. O aeroporto de Bahia Blanca, na costa Atlântica, também teve que interromper suas atividades.

Situado no sul do Chile, a 879 km da capital Santiago, o vulcão Puyehue entrou em erupção no sábado, após meio século adormecido. Dois dias depois, os argentinos são os que mais sofrem com a nuvem de cinzas trazida pelos ventos. “Nós dependemos das condições meteorológicas e continuamos em estado de alerta”, declarou Marcelo Cascon, prefeito de Bariloche. As autoridades da cidade turística, que fica a apenas 100 km de distância do Puyehue, aconselharam os habitantes a ficar em casa e manter portas e janelas fechadas.

Escolas e estabelecimentos públicos em Bariloche, mas também em Rawson, Trelew e Puerto Madryn, na Argentina, não funcionaram nesta segunda. O Chile tem cerca 3 mil vulcões, dos quais 500 são considerados como geologicamente ativos. Cerca de 60 deles registraram erupções no último século.