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Chefe do FMI é preso em NY

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn está sendo mantido sob custódia da polícia americana para interrogatório e foi indiciado formalmente neste domingo por tentativa de estupro. DSK deve ser levado a um juiz estadual ainda neste domingo. De acordo com o advogado William Taylor, Strauss-Kahn nega todas as acusações.

Fotógrafos e jornalistas diante da delegacia no Harlem, para onde DSK foi levado.
Fotógrafos e jornalistas diante da delegacia no Harlem, para onde DSK foi levado. Reuters
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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

O diretor-gerente do FMI foi retirado de um avião da Air France, no Aeroporto Internacional Kennedy em Nova York, na tarde desse sábado, minutos antes de partir para Paris. Segundo a polícia o motivo são declarações de uma camareira do hotel Sofitel, na Times Square, que incluem “agressão sexual, retenção ilegal e tentativa de estupro”. Ele teria fugido do hotel e deixado para trás o telefone celular quando a polícia recebeu as acusações e logo depois chegou ao aeroporto, onde deteve DSK na seção de primeira classe.

Em relato, a camareira disse que o fato aconteceu por volta da uma da tarde de sábado (14), numa suíte que tem uma diária de 3.000 dólares. De acordo com o jornal The New York Times, ela estaria no hall da suíte quando Strauss-Kahn saiu do banheiro completamente nu e tentou atacá-la. Ele teria puxado ela, jogado sobre a cama e trancado a porta da suíte. O jornal ainda diz que ela tentou fugir, mas foi arrastada até o banheiro onde as agressões sexuais aconteceram pela segunda vez. Depois de ser mantida no quarto por longos minutos, ela conseguiu fugir e chamou a polícia que chegou ao local quando ele já havia saído do hotel e deixado para trás pertences pessoais. A camareira foi levada ao hospital e teve “ferimentos leves, de acordo com a polícia.

O socialista era esperado para declarar sua candidatura às eleições presidenciais francesas e era o grande favorito nas pesquisas para enfrentar o presidente conservador Nicolas Sarkozy nas eleições de 2012. Strauss-Kahn, que já foi Ministros da Economia e Finanças da França, entre 1997 e 1999, foi eleito para a direção do FMI em 2007. Seu mandato termina oficialmente em setembro de 2012, meses após a data das eleições presidenciais na França.

O meio político francês apostava na renúncia dele para disputar a liderança do país. DSK é considerado por muitos como um dos homens fortes da economia global, principalmente por estar à frente da instituição durante a pior crise econômica dos últimos 80 anos. O FMI divulgou nota declarando que continua operando normalmente, sem comentar as acusações contra Strauss-Kahn.
 

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