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EUA/Coreias

Coréia do Norte condena sanções americanas e exercícios militares

As manobras militares conjuntas anunciadas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul são uma ameaça para a paz mundial, afirmou nesta quinta-feira um diplomata norte-coreano, na véspera de um fórum sobre a segurança no sudeste da Ásia. Os exercícios navais estão previstos para começar neste domingo. 

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, com o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, com o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak. Reuters
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A Coréia do Norte condenou nesta quinta-feira o anúncio de novas sanções americanas e os exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coréia do Sul, previstos para começar neste domingo.

Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram na terça-feira que vão realizar juntos exercícios militares no mar do Japão, em represália ao naufrágio da corveta Cheonan, atingida em março por um tiro de míssil da Coreia do Norte. No total, 46 marinheiros morreram no ataque.

Para o governo de Pyongyang, as novas sanções e os exercícios navais violam a declaração adotada pela ONU após o naufrágio da embarcação sul-coreana. No dia 9 de julho, o Conselho de Segurança da organização condenou o ataque mas evitou apontar os responsáveis. A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no naufráfio da corveta Cheonan e conta com o apoio da China. 

As manobras militares seriam “uma grande ameaça não somente para a paz e a segurança na península coreana, mas também para a paz e a segurança mundiais”, afirmou Ri Tong Il, porta-voz da delegação norte-coreana ao fórum sobre a segurança na Ásia.

O fórum encerra nesta sexta-feira a reunião anual dos ministros das Relações Exteriores dos dez países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático. O encontro acontece em Hanói, no Vietnã, e terá a participação da secretaria de Estado norte-americana Hillary Clinton, que chegou hoje à cidade.

Em visita a Seul nesta quarta-feira, Hillary Clinton anunciou uma série de novas sanções econômicas e financeiras contra o governo norte-coreano. Segundo ela, o ataque ao Cheonan não pode ficar impune.

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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

“As evidências são claras e mostram que o torpedo que afundou o Cheonan e tirou a vida de 46 marinheiros sul-coreanos foi disparado de um submarino norte-coreano. E os Estados Unidos condenam fortemente esse ato de agressão. Acho que é importante enviar uma mensagem clara à Coréia do Norte dizendo que provocação tem conseqüências. Não podemos deixar que esse ataque à Coréia do Sul não tenha nenhum resposta da comunidade internacional”, afirmou Hillary Clinton.

Indonésia

Já o secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, que acompanhava Clinton em Seul, chegou nesta quinta-feira a Jakarta, capital da Indonésia. Ele foi recebido pelo presidente Susilo Bambang. Ao chegar ao país, Gates disse que pretende retomar a polêmica cooperação entre o exército norte-americano e as forças especiais indonésias.

Os Estados Unidos formavam a chamada Kopassus, unidade de elite indonésia, mas a cooperação foi suspensa em 1998, depois que uma lei federal proibiu a formação de forças estrangeiras envolvidas em casos de violação dos direitos humanos.

As forças especiais da Indonésia são acusadas de ter cometido crimes durante a ditadura de Suharto, que terminou em 1998. Personalidade políticas norte-americanas, como o senador democrata Patrick Leahy, assim como diversas organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos são contra a retomada da cooperação.
 

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