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Haiti

Conferência da ONU é um sucesso e arrecada US$ 10 bi para o Haiti

A Conferência Internacional de Doadores para um Novo Futuro para o Haiti terminou ontem, em Nova York, com um montante de doações superior ao esperado. O país caribenho vai receber US$ 5,3 bilhões nos próximos 2 anos e US$ 9,9 bilhões, no total, em 3 anos ou mais.  

O ministro brasileiro Celso Amorim (à esquerda) e o presidente do Haiti, René Préval, na sede da ONU em Nova York.
O ministro brasileiro Celso Amorim (à esquerda) e o presidente do Haiti, René Préval, na sede da ONU em Nova York. Reuters
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Cleide Klock, corerspondente da RFI em Nova York

Mais de 130 países se reuniram para levantar fundos para o Haiti. A Organizações das Nações Unidas pediu o montante de US$ 3,9 bilhões para serem injetados nos próximos 18 meses. A arrecadação foi bem maior.

O presidente do Haiti, René Preval, pediu para que os recursos estejam disponíveis o mais rápido possível. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, comemorou o resultado e disse que essas promessas de recursos mostram um novo nível de cooperação, coordenação e assistência global. "Tudo foi um grande esforço em equipe", assinalou Hillary.

A União Europeia e os Estados Unidos anunciaram doações que chegam a US$ 2,75 bilhões. O governo norte-americano destinou US$ 1,15 bilhão enquanto os europeus contribuíram com US$ 1,6 bilhão. A França vai colaborar com US$ 243,5 milhões e a Espanha com US$ 356 milhões. O Banco Mundial anunciou a doação de US$ 250 milhões além de cancelar a dívida que o Haiti tem com a instituição. Outros países, como França e Catar, também cancelaram dívidas do Haiti.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, representante do Brasil na conferência, disse que o Brasil já destinou US$ 167 milhões em ajuda humanitária de curto prazo e fará uma doação adicional de US$ 172 milhões para a recuperação e a reconstrução de longo prazo do Haiti. Essa soma inclui US$ 94,5 milhões para a saúde e US$ 40 milhões do programa Brasil-Unasul destinados a projetos de infraestrutura. Inclui, ainda, uma doação de US$ 15 milhões em apoio orçamentário direto para o governo do Haiti. Amorim pediu a todos os membros da Organização Mundial do Comércio para eliminar tarifas sobre as importações do Haiti durante o processo de recuperação do país.

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti, será o responsável por supervisionar a aplicação das doações. Ele afirmou que irá "perturbar" os países até que cumpram com suas promessas. Clinton lembrou que, antes do terremoto de 12 de janeiro, apenas 30% do dinheiro prometido ao Haiti chegou ao país.

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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

 

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