Jacob Zuma diz-se inocente
Foi suspenso hoje o julgamento que investiga as alegadas acusações de corrupção contra o antigo chefe de Estado sul-africano, Jacob Zuma. De acordo com o juiz Raymond Zondo a sessão deverá prosseguir sexta-feira.
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Esta manhã o antigo Presidente da África do Sul tinha-se mostrado insatisfeito com a forma como estava a ser conduzido o interrogatório. Depois de uma consulta com os advogados e com a comissão de inquérito, o juiz Raymond Zondo decidiu suspender a sessão.
“Decidimos suspender os trabalhos por hoje e não devemos prosseguir amanhã. Queremos dar uma nova oportunidade à comissão de inquérito e à equipe de defesa do Presidente”, justificou o juiz Raymond Zondo.
Jacob Zuma está a ser ouvido, desde segunda-feira, por uma comissão de inquérito que está a investigar as alegadas acusações de corrupção em empresas estatais enquanto esteve no poder, 2009 a 2018.
O antigo chefe de Estado negou as acusações e distanciou-se da família Gupta, que alegadamente terá interferido na governação do país. De acordo com o ex-vice-ministro das Finanças, Mcebisi Jonas, os Gupta prometeu-lhe mais de 38 milhões de dólares para tomar decisões que favorecessem os interesses da família indiana.
Zuma considerou que as numerosas acusações de corrupção de que está a ser alvo são "uma conspiração” para o prejudicar num caso que remonta aos anos 90, sobre o qual está a ser igualmente investigado. Em causa está um acordo milionário de compra de armas, assinado no final dos anos 90.
O ex-chefe de Estado revelou ainda que ele e os filhos receberam ameaças de morte horas depois de ter deposto pela primeira vez na comissão de inquérito.
Correspondência de Mariamo Hassamo
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