Filme africano em competição em Cannes
Um único filme africano consta dos 21 que estão em competição no Festival de cinema de Cannes. "Atlântico" da franco-senegalesa Mati Diop opta pelo registo fantástico em torno do drama dos migrantes africanos que arriscam a vida para chegar à Europa.
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Reportagem de Miguel Martins
Um casal de namorados em Dacar e um amor avassalador contrariado, ele apostado num futuro melhor atreve-se a deixar o Senegal numa piroga.
Ela acaba por ser prometida a um homem rico.
O fantasma dele, Souleyman, acaba por vir ensombrar a sua dulcineia, Ada.
São os fantasmas dos desaparecidos no Atlântico, título do filme, que acabam por invadir a cidade.
Nesta sua primeira longa metragem Mati Diop, filha do músico Wasis Diop, acaba por prolongar a tradição cinematográfica do tio, Djibril Diop Mambéty, que em 1973 tinha conquistado em Cannes o Prémio da crítica com Touki Bouki.
Nascida em Paris em 1982, de origem senegalesa, Mati Diop já tinha realizado uma curta metragem, documental, "Atlânticos" em 2010 precisamente sobre o êxodo, este mesmo tema, o êxodo da juventude africana.
Miguel Martins, Cannes, RFI
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