Militar português morto no Mali
Um militar português morreu num ataque perto de Bamako. O ataque aconteceu ontem, num complexo turístico frequentado por expatriados ocidentais. Cinco dos autores do ataque foram detidos e outros quatro mortos.
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O ataque ao hotel Le Campement Kangaba, localizado a leste da capital maliana, frequentado por estrangeiros, ocorreu ontem à tarde. O número de assaltantes não foi revelado, todavia as autoridades sublinham que cinco foram detidos e quatro mortos.
O ministro da Segurança do Mali, general Salif Traoré, diz tratar-se de “um ataque terrorista”. Segundo a agência de notícias AFP, que cita uma testemunha no local, um dos rebeldes chegou de mota e abriu imediatamente fogo sobre as pessoas que se encontravam no complexo turístico.
Um militar português perdeu a vida na sequência do ataque. O sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido, integrava o Contingente português na Missão de Treino da União Europeia no Mali, e encontrava-se em período de descanso das actividades operacionais.
Segundo o comunicado do Estado-Maior General das Forças Armadas de Portugal, o local onde ocorreu o ataque "é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali como Wellfare Center entre os períodos de actividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país. Encontravam-se no local vários militares da Força Internacional de diversos países, entre os quais dois portugueses. Mais se informa que o segundo militar português saiu ileso deste ataque ".
O mesmo documento acrescenta que a morte ocorreu devido “a um ataque terrorista nas imediações de Bamako”.
Um inquérito para " esclarecer as circunstâncias” do ataque já foi mandado instaurar.
Também o Exército português emitiu um comunicado em que expressa “profundo pesar e consternação” pela morte do Sargento-Ajudante Gil Paiva Benido, “devido a confrontos ocorridos na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes”.
Do gabinete do ministro da Defesa Nacional saiu igualmente um comunicado. O Ministério de Azeredo Lopes diz-se consternado com a notícia e manifesta “profundo pesar pelo falecimento do militar”.
“Portugal tem presentemente no Mali uma Força Nacional Destacada de 10 militares a prestar serviço na missão da União Europeia. Encontravam-se dois militares portugueses no local onde foi levado a cabo o ataque”, acrescenta o documento.
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