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MALI/ONU

Ataque na missão da ONU de Kidal no Mali faz 3 mortos

Acampamento da ONU em Kidal no nordeste de Mali, foi atacado nesta madrugada de sábado, 28 de novembro, por 3 homens armados, matando 2 capacetes azuis e 1 civil, naquilo que é visto como mais um ataque terrorista.

Capacetes azuis e carros da missão da ONU, Minusma, a 22 de julho de 2015.
Capacetes azuis e carros da missão da ONU, Minusma, a 22 de julho de 2015. REUTERS/Adama Diarra
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Mali, volta a ser atacado, menos duma semana após o ataque terrorista contra um hotel no centro de Bamaco, desta feita com 3 homens armados a penetrar-se no acampamento da ONU, em Kidal, na parte nordeste do país. Um balanço ainda provisório dá conta de 2 capacetes azuis e 1 civil mortos, e um grande número de feridos.

Segundo um responsável da missão da ONU, em Kidal, os 2 capacetes azuis, são de nacionalidade guineense de Conacri e aparentemente o civil seria de nacionalidade maliana, que colaborava com a missão da ONU, MINUSMA.

Tudo se deu esta madrugada, 28 de novembro, quando se ouviram explosões com roquetes no acampamento da missão da ONU, MiINUSMA., que fica no bairro Aliú, no sul da cidade de Kidal, que por sua vez está situada no nordeste do Mali.

Segundo algumas fontes, os 3 homens armados, demonstraram estar bem treinados no manuseamento de roquetes e que estavam bem informados sobre o funcionamento e comportamento do dispositivo da missão da ONU.

De notar que dos 20 feridos, 4 estão em estado grave.

Enfim, uma fonte da missão da ONU, disse que nos últimos dias estavam informados de que o seu dispositivo seria alvo de um ataque estes dias.

Logo a seguir ao ataque, que segundo tudo indica tem o selo terrorista, a missão, MINUSMA de Kidal, foi reforçada militarmente.

O ataque já foi reivindicado pelo grupo radical Ansar Dine, que afirma ser  "uma resposta à violação das nossas terras pelos inimigos do Islão", declarou Hamadu Ag Khallini, um dos líderes do grupo dirigido pelo ex-chefe rebelde tuaregue maliano, Iyad Ag Ghaly, referido na nossa entrevista mais abaixo, com a empresária portuguesa, Glória Silva.

Recorda-se que há cerca de uma semana, o hotel de Radisson Blu, na capital Bamaco, foi alvo de um ataque terrorista que fez 22 mortos.

Um ataque, reivindicado por 3 grupos terroristas: Al Mourabitoune do argelino Moktar Belmoktar, em cooperação com o ramo de Al Qaeda, na região AQMI, enquanto o segundo grupo foi a Frente de Libertação de Macina, aliado dos salafistas Ansar Al Dine, que chamou também a si a autoria do acto de terrorismo.

O governo do Mali, declarou no início desta semana, 3 dias luto, no seguimento do ataque terrorista do hotel Radisson que fez 22 mortos.

02:10

João Matos

A empresária portuguesa, Glória Silva, em Bamaco, confirma a versão da ONU, de que se esperava a qualquer momento um ataque dos terroristas, que já haviam dito, que poderiam voltar a atacar a capital maliana.

03:03

Glória Silva - Empresária portuguesa em Bamaco

Por seu lado, Carlos Martins, igualmente empresário português, em Bamaco, afirma que continua em vigor o estado de emergência e que durante o dia a vida das pessoas decorre nomalmente, sublinhando no entanto, que os terroristas podem atacar como fizeram em Kidal, onde segundo o seu baanço, houve 4 mortos, 3 capacetes azuis e 1 civil.

01:03

Carlos Martins - Empresário português em Bamaco

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