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África / França

África e França reunidas para fazer negócios

Cerca de 700 participantes de 33 estados, França e países de África essencialmente francófona e anglófona reuniram-se hoje no Ministério da Economia aqui em Paris no quadro do Fórum de Negócios franco-africano, um fórum que também contou com uma presença discreta dos países lusófonos nomeadamente de São Tomé e Príncipe.

Fórum de Negócios África-França no dia 6 de Fevereiro de 2015 em Paris
Fórum de Negócios África-França no dia 6 de Fevereiro de 2015 em Paris Liliana Henriques / RFI
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Ao aludir aos objectivos da sua presença neste fórum, o Primeiro-Ministro são-tomense, Patrice Trovoada evoca igualmente as relações de cooperação do seu país com Angola bem como o financiamento progressivo do orçamento do seu executivo.

01:29

Patrice Trovoada, Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe

Vasto encontro entre chefes de Estado, governantes e empresários, este fórum vem no seguimento da Cimeira África-França de Dezembro de 2013, uma cimeira durante a qual a França tinha prometido mundos e fundos, nomeadamente a mobilização de 20 mil milhões de Euros de financiamento para África no horizonte 2020 através da Agência Francesa para o Desenvolvimento, tendo sido até agora entregues cerca de 4 mil milhões de euros em 2014.

"O problema com os compromissos é que ninguém se esquece deles" disse hoje na abertura do fórum o presidente francês François Hollande ao anunciar que a acção da Agência Francesa de Desenvolvimento vai ser consolidada, que Paris vai aplicar até mil milhões de Euros nas novas tecnologias e na transição energética de África e sobretudo colocou em destaque duas estruturas que supostamente deverão contribuir para facilitar os negócios entre África e França que nos últimos anos tem vindo a perder fatias do mercado africano em proveito essencialmente a China.

Hollande anunciou a criação até finais de Março de um banco de exportação que deverá agilizar a conclusão de grandes contratos internacionais e por outro lado também apresentou a Fundação África-França lançada oficialmente hoje. Esta estrutura que conta com um financiamento público de 3 milhões de Euros é uma iniciativa privada dirigida pelo financeiro franco-beninense Lionel Zinsou e pretende ser um ponto de encontro entre África e França com incidência nomeadamente no empreendedorismo jovem, na formação ou ainda no apoio às mulheres africanas no mundo dos negócios.
Marlyn Roosalem, administradora do African First Bank, uma entidade presente numa dezena de países africanos, é também responsável do pelouro do empreendedorismo feminino na Fundação África-França.

00:48

Marlyn Roosalem, administradora da African First Bank

Esta iniciativa não deixou de ser saudada pelos dirigentes e empresários presentes neste encontro para os quais se esperava há muito uma mudança de atitude da França.

02:06

Reportagem

Local de trocas de impressões, de contactos, de criação de novos negócios, este Fórum funcionou também como uma plataforma de prospecção de novas oportunidades para Céline Gouveia, directora encarregue dos assuntos internacionais na Casa da Imprensa Nacional francesa.

01:29

Céline Gouveia, directora encarregue dos assuntos internacionais na Casa da Imprensa Nacional francesa

Em paralelo com os grandes anúncios feitos neste fórum, a questão do meio ambiente e das energias renováveis também esteve presente em filigrana, com o antigo ministro francês da ecologia, Jean-Louis Borloo, a marcar presença para defender a estrutura que criou há alguns meses, a Fundação para o desenvolvimento das energias renováveis em África.

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Antigo ministro francês da ecologia, Jean-Louis Borloo

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