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MOÇAMBIQUE

Assinatura de protocolo de paz para Moçambique ainda sem data

A 70a ronda negocial entre o governo moçambicano e a Renamo, maior força da oposição, não permitiu definir uma data para a assinatura do memorando de entendimento alcançado na semana passada ao fim de 19 meses de negociações. A cessação das hostilidades ainda não foi proclamada e ter-se-ia mesmo registado um ataque na província central de Tete nesta madrugada.

Elementos armados da Renamo
Elementos armados da Renamo AFP FOTO / JINTY JACKSON
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O executivo moçambicano, por intermédio do ministro da agricultura, José Pacheco, chefe da delegação do governo, alega que se vai continuar a trabalhar para garantir condições de segurança que permitam que o memorando seja rubricado em Maputo pelo chefe de Estado, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama.

Ora este último continua em parte incerta na Gorongosa. O também candidato do movimento da perdiz às eleições de 15 de Outubro teria dado mandato à sua delegação para a declaração do cessar-fogo, porém as autoridades centrais de Maputo continuam a defender a assinatura do documento pelo presidente da república e pelo líder da Renamo.

01:30

José Pacheco, chefe da delegação do governo moçambicano

Por seu lado Saimone Macuaiane, chefe da delegação da Renamo às negociações, alega que o governo por não estar mandatado para a declaração de um cessar-fogo inviabilizou a proclamação da cessação das hostilidades.

01:28

Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo

Esta ronda negocial interveio após a aprovação por unanimidade na noite passada na Assembleia da República da lei da amnistia, exigida pela primeira força da oposição. A lei aprovada tem apenas 3 pontos e aplica-se ao período recente, entre Março de 2012 e actualmente, juntando-se os crimes cometidos no distrito do Dondo, em 2002, Cheringoma em 2004 e Maringué em 2011.

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo, acompanhou a sessão do parlamento.

01:23

Correspondência de Moçambique

Desconhece-se por ora a data da promulgação da lei agora aprovada.

Não obstante o anunciado entendimento entre as partes o fim da instabilidade político-militar voltou, assim, a ser adiado.

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