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África / França

Fim da Cimeira França-África para a paz e segurança

Após dois dias de discussões a nível de chefes de Estado e de governo, terminou este sábado à tarde a cimeira França-África para a paz e segurança, uma cimeira em que os espíritos estiveram fortemente marcados pela morte do pai da nação Sul-Africana, Nelson Mandela.

A Cimeira França-África para a paz e segurança decorreu nos dias 6 e 7 de Dezembro em Paris.
A Cimeira França-África para a paz e segurança decorreu nos dias 6 e 7 de Dezembro em Paris. RFI / Pierre René-Worms
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54 Estados Africanos, as Nações Unidas bem como a União Europeia estiveram representados ao mais alto nível nesta conferência em que se debateu sobre as parcerias que a França pode estabelecer com o continente no domínio da defesa e segurança, a economia assim como a luta contra os efeitos das alterações climáticas.

No aspecto económico, a França - cuja fatia no mercado subsariano passou em dez anos de 10% a um pouco menos de 5% - anunciou a sua intenção de duplicar as trocas com o continente no prazo de cinco anos. Por outro lado, refira-se ainda que nesta cimeira, Africanos e Europeus decidiram também juntar os seus esforços no intuito de ter uma posição comum na perspectiva da cimeira sobre o clima prevista para 2015 em Paris.

Por outro lado, relativamente à segurança, objecto principal desta conferência, a França anunciou a sua intenção de apoiar a África no desígnio de se dotar de uma força própria conforme decidido na última Cimeira da União Africana no passado mês de Maio. Este apoio Francês será essencialmente de carácter logístico e passará igualmente por acções de formação, a França mostrando-se disposta a formar 20 mil militares por ano.

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Balanço da cimeira França-África

Também a dominar as atenções ao longo da conferência esteve sempre a intervenção Francesa na República Centro-Africana que se iniciou apenas algumas horas antes do arranque da conferência, imediatamente depois da luz verde da ONU na passada quinta-feira. Questionado em conferência de imprensa sobre a natureza desta intervenção, o Presidente François Hollande, referiu que os 1600 homens que a França enviou para aquele país permanecerão o tempo que for considerado necessário.

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Presidente François Hollande com tradução de João Matos

Esta intervenção contrasta com o objectivo claramente enunciado pela França de se tornar mais discreta no terreno, François Hollande tendo reiterado ao longo da cimeira que a África tem que conseguir garantir ela-própria a sua segurança. Esta ideia é partilhada pelo Primeiro-Ministro Cabo-Verdiano José Maria Neves que em entrevista com Carina Branco fez um balanço da cimeira.

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Primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, entrevistado por Carina Branco

Também presente na cimeira, esteve Fernando Delfim da Silva, ministro dos negócios estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau que ao evocar a figura tutelar de Nelson Mandela, se congratulou com o facto de todos os países africanos reunidos terem homenageado Madiba.

01:26

Fernando Delfim da Silva, ministro dos negócios estrangeiros do governo de transição Guineense

 

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