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ÁFRICA/FRANÇA

África e a França reunidas em torno da defesa e da segurança

Cerca e quarenta chefes de Estado e de governo participam até este sábado na Cimeira do Eliseu, em França. Convidados pelo presidente, François Hollande, este fórum fica dominado pelo início da intervenção militar de Paris na sua antiga colónia, a República centro-africana. Um evento pertubado, por outro lado, pelo anúncio da morte do ex líder sul-africano, Nelson Mandela.

Foto de família do conjunto dos dirigentes africanos na Cimeira do Eliseu, 6 de Dezembro de 2013.
Foto de família do conjunto dos dirigentes africanos na Cimeira do Eliseu, 6 de Dezembro de 2013. RFI/P René-Worms
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A França que, após o Mali, iniciou nesta quinta-feira uma nova frente militar no continente negro, na República centro-africana, voltou a apelar a que África assuma plenamente a sua segurança.

Persistem as insuficiências militares do continente, pretexto para precipitar as duas intervenções militares da ex metrópole nas suas duas antigas colónias acima referidas. 

De tal forma que o primeiro dia dos trabalhos se centrou em larga escala em torno da criação de uma força africana de reacção rápida, anunciada no passado mês de Maio, e até agora ainda em estado de projecto.

A repórter Liliana Henriques, acompanha os trabalhos, desta cimeira.

01:07

Cimeira franco-africana de defesa e segurança

Participam nos trabalhos estadistas de todo o continente africano, incluindo dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa.

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe fazem-se representar pelos respectivos primeiros-ministros José Maria Neves e Gabriel Costa.

Angola, Guiné-Bissau e Moçambique estão representados ao nível de chefes da diplomacia.

O presidente moçambicano, Armando Guebuza, equacionara estar presente em Paris, mas o acidente aéreo do avião da LAM, Linhas aéreas de Moçambique, na passada sexta-feira levou-o a desistir da viagem até à capital francesa fazendo-se representar, pois, por Oldemiro Balói, ministro dos negócios estrangeiros e cooperação.

Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores, comentou os temas em agenda nesta cimeira, com arestas ainda por limar, e o relacionamento bilateral com a França.

 

01:33

Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores e a cimeira de Paris

governante angolano congratulou-se ainda com a intervenção francesa na RCA, República centro-africana, por forma a se evitar um genocídio.

01:11

Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores sobre a RCA

A França, que a prazo contará com 1 200 homens no terreno, interveio após o aval de ontem do Conselho de segurança das Nações Unidas, coincidindo com a deterioração das condições de segurança em Bangui, onde mais de 100 pessoas teriam ontem perdido a vida em violências.

A ONU deu luz verde ao envio de reforços militares para por cobro à onda de insegurança que grassa na RCA após o golpe de Estado de Março deste ano que culminou com a destituição do presidente François Bozizé.

O primeiro-ministro são-tomense, Gabriel Costa, também ele em declarações a Liliana Henriques, se regozijou com a intervenção militar na RCA que considerou de "humanitária".

01:23

Gabriel Costa, primeiro-ministro são tomense e a RCA

Jean-Yves Le Drian, ministro francês da defesa, confirmou os primeiros passos da intervenção gaulesa na RCA e a sua articulação com as tropas africanas já ali estacionadas.

00:32

Jean-Yves Le Drian, ministro francês da defesa

A França não obstante contar com 2 800 homens no Mali e futuramente com 1 200 na República centro-africana insistiu, porém, hoje, por intermédio de François Hollande em que África domine plenamente o seu destino, garantindo a sua segurança.

 Hoje o dia voltou ainda a ser pontuado por incidientes na RCA com registo de novas vítimas mortais a lamentar.

 

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