Madagáscar vota nas presidencias com os olhos no pós-transição

Madagáscar foi esta sexta-feira às urnas para a primeira volta das eleições presidenciais que marcam o fim da transição que se seguiu ao golpe de estado de 2009. O presidente de transição Andry Rajoelina e o presidente então deposto Marc Ravalomanana não figuram entre os 33 candidatos mas os eventuais favoritos à vitória são seus protegidos.

Eleitor malgaxe prestes a vote em Antananarivo REUTERS/Thomas Mukoya

Os malgaxes votaram esta sexta-feira para as eleições presidenciais na expectativa de ultrapassar a crise política, económica e social que abala o país desde o golpe de estado de 2009 que permitiu a Andry Rajoelina depor Marc Ravolomanana e tomar o poder.

Nenhuma sondagem foi efectuada durante o dia e nenhum dos 33 candidatos parte com favoritismo o que augura a realização de uma segunda volta, prevista para setembro. Contudo, dois candidatos são, directa ou indirectamente, apoiados por Rajoelina e Ravolomanana que foram impedidos de se candidatar ao escrutínio.

Rajoelina, presidente de transição, não foi autorizado pela comissão eleitoral a participar no pleito assim como Ravolomanana e sua esposa. O objectivo foi o de contribuir para o restabelecimento da ordem e o de impedir o agudizar de tensões.

A eleição decorreu num ambiente relativamente calmo apesar de incidentes menores que segundo a comissão eleitoral não justificam para já qualquer recurso.

Em entrevista à RFI, o padre Rodrigues Diniz, radicado nos arredores de Antananarivo, refere que a afluência às urnas foi importante porque os malgaxes estão cansados da transição.

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Padre Rodrigues Diniz