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Moçambique

Armando Guebuza reúne-se com comunidade moçambicana em França

O chefe de Estado Armando Guebuza reuniu-se nesta manhã de sábado com a comunidade moçambicana a residir em França. No encontro os moçambicanos tiveram oportunidade de apresentar ao presidente os principais problemas da comunidade.

Armando Guebuza, presidente da República de Moçambique, encontrou-se com a comunidade moçambicana a residir em França
Armando Guebuza, presidente da República de Moçambique, encontrou-se com a comunidade moçambicana a residir em França Neidy Ribeiro/RFI
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Apesar da distância os moçambicanos seguem com atenção a situação económica e política do país, e aproveitaram a ocasião para exporem as suas preocupações. O impasse nas negociações entre a Frelimo, partido no poder, e a Renamo, maior partido da oposição, a captação de investimento estrangeiro, a modalidade de exploração dos recursos naturais, carvão e gás,  e o direito ao voto foram algumas das preocupações apresentadas.

Para as várias questões, o chefe de Estado respondeu de forma sintetizada lembrando que "o país está no caminho do crescimento e que todos são convidados a participar neste projecto".  Sobre o direito ao voto, salientou que o país "ainda não tem condições económicas talvez no futuro seja possível".

Armando Guebuza explicou ainda o porquê da sua visita a França, referindo que o reforço da cooperação bilateral dominou a agenda do seu encontro com o seu homólogo François Hollande e com os empresários franceses.

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Armando Guebuza, presidente da República de Moçambique

 

Sobre a compra dos trinta navios a uma empresa francesa, o presidente limitou-se a dizer que o Moçambique vai obter através do sector privado uma maior capacidade de resposta aos desafios marítimos, acrescentando que o país tem uma costa muito extensa e que este negócio vai permitir maior controle das águas territoriais.

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Armando Guebuza, presidente da República de Moçambique

 A frota, no valor de mais de 200 milhões de euros,  será operada pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), maioritariamente detida pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), que gere as acções do Estado moçambicano em empresas, e pelo Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), a "secreta" moçambicana.

O jornal moçambicano o "País", avança hoje que a empresa EMATUM foi criada a 2 de Agosto, e um mês depois encomendou a construção de 24 traineiras, três barcos patrulha e outros três de 42 metros. O diário escreve que o financiamento à operação consistiu numa emissão de dívida, avalizada pelo Estado moçambicano junto de credores internacionais. Informação que desmentida esta semana  pelo ministro das Finanças, Manuel Chang, que afirma que o Estado entra no negócio como avalista, já o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, questionado pela RFI, fala em parcerias público-privadas.

No final do encontro Armando Guebuza deu uma conferência de imprensa onde fez o balanço da sua visita a França, mais uma vez o encontro foi vetado à imprensa internacional.

 

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