Obama enceta no Senegal o seu 1° périplo africano
O presidente dos EUA, Barack Obama, enceta esta quarta-feira à noite, em Dacar, o seu primeiro périplo africano que o levará também à África do Sul e à Tanzânia. Na agenda, entre outros, o aprofundamento das relações económicas com um continente que já tem na China o pincipal parceiro comercial.
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O primeiro presidente negro dos EUA desloca-se pela 2a vez a África - depois da rápida visita ao Gana em 2009 - para o seu 1° périplo africano. Barack Obama passará cerca de 3 dias no Senegal, passará o fim-de-semana na África do Sul e encerrará esta jornada africana na Tanzânia antes de partir para Washington no dia 3 de julho.
Washington delineou este périplo no sentido de representar um símbolo do apoio às "democracias sólidas e emergentes" de África. Para Ahmed Kébé, professor de português na Universidade Cheick Anta Diop de Dacar, o facto de haver uma certa abertura democrática no Senegal será uma das razões pelas quais Obama escolheu Dacar como etapa inicial do seu périplo.
Ahmed Kébé
Mas na agenda está a economia num momento em que a China já é o principal parceiro comercial do continente africano. Questões estratégicas poderão também surgir no decorrer da visita segundo Aly Jamal, especialista em Relações Internacionais do Instituto Superior de Relações Internacionais de Maputo, para quem o Senegal afigura-se um eventual pivô para os EUA na instável região da África Ocidental.
Aly Jamal
A expectativa é grande para este périplo inédito e Dacar preparou-se com afinco para se tornar na primeira capital afro-francófona a receber Obama. Cândido Camará, nosso correspondente em Dacar, dá-nos conta dos preparativos da véspera e do orgulho senegalês em receber o presidente dos EUA.
Correspondência de Dacar
Este périplo passará por países e o Quénia não está no lote dos escolhidos. Apesar do seu pai ser de origem queniana, Nairobi não contará com a presença de Obama ao que tudo indica por causa das acusações feitas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) ao recém-eleito presidente Uhuru Kenyatta.
De referir ainda que na segunda etapa do périplo, na África do Sul, a agenda será porventura adaptada em função da situação de Nelson Mandela.
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