Conflito fronteiriço Angola/RDC sem fim à vista
O conflito fronteiriço que opõe Angola e a República Democrática do Congo não tem um fim à vista. A questão bilateral em torno dos marcos fronteiriços, que inclui a exploração petrolífera na fronteira marítima, está agora a cargo das Nações Unidas.
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A RDC, que renunciou o acordo bilateral com Angola para a exploração conjunta da plataforma petrolífera continental na bacia do Congo, pretende alargar a sua extensão territorial na zona em litígio.
O complexo dossier das fronteiras entre estes dois estados está a assombrar suas as relações político-diplomáticas. Atualmente, Angola explora na zona em disputa cerca de 500 mil barris de petróleo por dia, contra 20 mil da RDC. Um número que o Congo Democrático pretende inverter.
As diligências diplomáticas entre os dois países não conseguiram resolver a questão. A recente visita do presidente da RDC, Joseph Kabila, a Angola foi o último esforço bilateral para solucionar o contencioso.
Para que se saia deste impasse, uma fonte diplomática angolana anunciou, no fim de semana, que a questão que envolve a fronteira marítima da plataforma continental, rica em petróleo, deve ser resolvida com o concurso das Nações Unidas.
Com a problemática em cima da mesa da ONU a pedido da RDC, Portugal e a Bélgica, ex-potências coloniais dos dois países, têm aqui um papel de relevo na confirmação das fronteiras herdadas do colonialismo.
Com a colaboração do nosso correspondente em Luanda, Avelino Miguel.
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