Fluxo migratório dispara em Moçambique

 Segundo dados divulgados pelo ministro da Industria e Comercio, António Fernando, o fluxo migratório em Moçambique cresceu em 250 por cento e a entrada de turistas internacionais aumentou em 375 por cento.

Moçambique começa a desempenhar um papel mais activo no contexto regional e mundial. Nuno Ibra/Flickr

Um aumento que está diretamente relacionado com a abolição do visto em alguns países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), desde 2007. Contas feitas os números não deixam duvidas, o fluxo migratório na região passou de cerca de 655 mil habitantes em 2007 para 2,5 milhões em 2009.

António Fernando aproveitou o arranque da Feira Internacional de Maputo, FACIM, onde estão presentes quase uma centena de empresa portuguesas, para anunciar os dados e referir que as chegadas internacionais por motivos turísticos passaram de 771 mil em 2007 para 2,3 milhões em 2009. O que demonstra, na opinião, do responsável da pasta da Industria a comércio que Moçambique começa a desempenhar um papel mais ativo no contexto regional e mundial.

A prová-lo está também o nível das exportações que também cresceu 23 por cento desde 2005, o cenário para as vendas não foi tão positivo. A crise mundial acabou por ter um impacto negativo e fez com que as vendas do país para o exterior decrescessem 19 por cento.

No que refere ao comércio preferencial, 55 empresas moçambicanas, inscreveram-se para fazer exportações para a região da SADC, onde segundo, António Fernando, se registou uma redição das receitas aduaneiras, porém as receitas fiscais aumentaram 101 por cento.

O governante afirmou ainda que o tráfego rodoviário com a região cresceu 111 por cento em 2007 para 2008 e mais de 101 por cento para 2009. Percentagens que deixam o satisfeito, o ministro da Industria e Comercio, que afirma que se estão a atingir as metas da integração regional que é o de aumentar as trocas comerciais nos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, um mercado com cerca de 250 milhares de consumidores.