Telescópio Cheops em busca de formas de vida extraterrestre
O lançamento do telescópio europeu Cheops consagrado ao estudo dos exoplanetas,inicialmente previsto para terça-feira a partir da base de Kourou, na Guiana francesa, foi adiado devido à um problema técnico ocorrido no foguetão russo Soyouz que devia colocá-lo em órbita. Segundo a Agência Espacial Europeia, a reparação da avaria técnica está a ser efectuada e o Cheops para cuja realização contribuíram também três empresas portuguesas será lançado na quarta-feira.O objectivo da missão de Cheops será o de analisar a composição dos exoplanetas e examinar as possibilidades de vida extraterrestre.
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Segundo um comunicado da Agência Espacial Europeia, uma análise das causas da deficiência técnica do foguetão Soyouz ST-A está a ser levada a cabo de forma a resolver o problema.
O lançamento do Cheops, telescópio europeu que se destina ao estudo dos exoplanetas, está prevista para quarta-feira ,dia 18 de Dezembro,do Centro Espacial de Kourou,na Guiana francesa, as 8:54 GMT.
De acordo com David Ehrenreich, coordenador da missão científica de Cheops (Characterising EXOplanet Satellite), uma vez que já se conhece a existência de cerca de 4000 exoplanetas, o objectivo futuro será de analisar os já identificados para tentar compreender como os planetas em questão, são constituídos.
A missão de Cheops , segundo Ehrenreich significa um passo na longa busca pelas condições das formas de vida extraterrestre, bem como das origens da Terra.
Embarcado num satélite, o telescópio será colocado em órbita à 700 kms acima da Terra, para não ser afectado pelas perturbações da atmosfera, e acederá a todos os céus, com o Sol nas suas costas .
Os alvos de Cheops são nomeadamente os exoplanetas Proxima do Centauro, 55 Cancri, Koro 1, distantes de algumas centenas de anos de luz, ou seja, a periferia do Sol à escala da Via Láctea.
Os dados recolhidos por Cheops, associados às informações comunicadas por telescópios em terra permitirão medir a densidade, tida como um parâmetro essencial para determinar a composição do planeta. Este critério é fundamental para definir a probabilidade que o planeta tem de acolher uma forma de vida.
A agência espacial portuguesa,Portugal Space, comunicou que o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, assim como a empresa Deimos Engenharia lideraram na composição científica o Cheops.
Participaram igualmente no projecto do telescópio europeu as empresas lusitanas FrezitHP e LusoSpace. A primeira , destas duas, concebeu e produziu as protecções que vão permitir que os equipamentos suportem a amplitude térmica extrema do espaço.
A missão Cheops é a primeira de uma série de três, que incluem a Plato e a Ariel,previstas para a próxima década.
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