Argélia:manifestações e demissões de colaboradores de Bouteflika
Com em pano de fundo as manifestações através do país para que os dirigentes do antigo executivo, afectos a Adbdelaziz Bouteflika, se demitam das suas funções, a demissão do chefe dos serviços de informação argelinos, foi confirmada pela agência de notícias local APS.Depois da demissão do Presidente Bouteflika na última terça-feira, os argelinos continuam a pressionar para que os colaboradores do antigo chefe de Estado sejam defintivamente afastados do poder.
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Na sexta-feira, uma grande manifestação teve lugar em Argel para exigir reformas na governação do país norte-africano, bem como a demissão de membros da agora chamada República Velha argelina.
Pressionado por milhares de argelinos, o governo de transição chefiado pelo Primeiro-ministro Noureddine Bedoui, ex-ministro do Interior de Abdelaziz Bouteflika, foi obrigado a demitir das suas funções o chefe dos serviços de informação, general Athmane Tartag.
Segundo a agência noticiosa argelina APS, Tartag foi substituído nas suas funções pelo ministro da Defesa, Ahmed Gaed Salah.
Opositores da primeira República argelina têm exigido a demissão de todas figuras do executivo de Abdelaziz Bouteflika, a começar pelo triumvirato, alcunhado de o 3B, formado pelo presidente do Senado Abdelkader Bensalah,por Tayeb Belaiz presidente do Conselho Constitucional e pelo Primeiro-ministro Noureddine Bedoui.
Bensalah, na chefia do Senado desde há 16 anos, assumiu por três meses a presidência da Argélia, até a organização de novas eleições.
Belaiz, ministro também por dezasseis anos, foi nomeado para presidente do Conselho Constitucional por Abdelaziz Bouteflika e nessa qualidade deverá assumir a supervisão das eleições.
O 3B é acusado pela oposição de estar profundamente implicado na governação do ex-Presidente Bouteflika e por isso, deve ser afastado do poder à semelhança do antigo chefe de Estado.
O advogado Mustapha Bouchachi, uma das principais figuras do actual movimento contestário na Argélia, apelou para a continuação das manifestações até a demissão de todas as figuras do antigo executivo de Bouteflika.
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