Senegal:sem principais opositores Macky Sall é favorito
Quatro adversários,dos quais dois veteranos da política senegaleza enfrentam domingo nas urnas o presidente cessante Macky Sall, acusado de ter afastado, através de decisões judiciais, os seus principais opositores, Khalifa Sall e Karim Wade. Estes dois últimos, foram condenados no mês de Janeiro respectiavmente a cinco e seis anos de prisão,no âmbito de processos em que foram acusados de desvio de fundos públicos. Macky Sall é por conseguinte o favorito à sua própria sucessão.
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Ouvir - 01:06
Macky Sall de 57 anos e presidente cessante, segundo os analistas beneficia do afastamento de Khalifa Sall, com quem não tem nenhum parentesco, e de Karim Wade. Kalifa Sall e Karim Wade, filho do ex-presidente Abdoulaye Wade, foram condenados por corrupção e impossibilitados pelo Conselho Constitucional de candidatarem-se a eleição de domingo.
Os adversários de Macky Sall, são Idrissa Seck de 59 anos,Madické Niang de 65, Ousmane Sonko de 44 e Issa Sall de 63.
Seck e Niang , veteranos da política senegaleza representam as correntes ditas liberais.Ousmane Sonko, o candidato mais jovem dos pretendentes a presidência, com 44 anos, defende o patriotismo económico e denuncia a má governação. Antigo inspector de finanças, o fogoso Sonko é apoiado sobretudo pelos jovens.
Madické Niang, ex-ministro dos negócios estrangeiros de Abdoulaye Wade, ao candidatar-se à eleição, consumiu o seu divórcio político com o antigo presidente, por este não aceitar o facto de que o seu filho Karim nunca seria candidato, devido aos seus problemas com a justiça.
Issa Sall, o discreto professor universitário, optou pela defesa dos mais desfavorecidos da sociedade senegaleza.
Se for reeleito,Macky Sall será o presidente do primeiro quinquénio senegalês, após a reforma constitucional, que em 2016 reduziu o mandato presidencial a cinco anos.
Sall reivendica ser o candidato que vai continuar a propulsar o Senegal ,na era do desenvolvimento.
As últimas sondagens de opinião,que datam do mês de Novembro,uma vez que o sistema eleitoral senegalês não permite inquéritos em véspera de escrutínio, apontavam para uma vitória do chefe de Estado cessante com 45 % dos votos.
Os seus quatros rivais não ultrapassavam 16% das intenções de voto.
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