Moçambique e São Tomé Príncipe perante sida
Moçambique regista um fraco progresso na prevenção e combate ao VIH SIDA, segundo disse no sábado Salmira Panguene. Neste dia mundial de luta contra a sida, 300 mulheres seropositivas marcharam em Maputo, para quebrar o silencio sobre o seu estado de saúde como forma de encorajar outras pessoas a aderirem ao tratamento e efectuarem o teste. Em São Tomé e Príncipe, o receio é que as ajudas externas para a luta contra a sida sejam drásticamente reduzidas.
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Trezentas mulheres marcharam na capital moçambicana para quebrar o silêncio sobre o seu estado de saúde.
Laura Teresa é uma dessas mulheres, que contraiu a doença aos 12 anos de idade depois de ter sido violada sexualmente por quatro homens. Por isso de acordo com Salmira Panguene integrante do grupo de mulheres afectadas pela epidemia, o 1º de Dezembro, dia mundial de luta contra a SIDA é para elas, um momento de festa.
Um dia também em que a ministra moçambicana da Saúde Nazira Abdula, na província da Zambézia, admitiu que a prevenção e o combate a esta pandemia continuam a ser um desafio no país. Registando uma média de pouco mais de trezentas novas infecções por dia, 13,2 %, Moçambique está entre os 10 países com a maior taxa de seroprevalência no mundo.
Correspondência Orfeu Lisboa. Maputo 01 12 2018
São Tomé e Príncipe prevê atingir até 2030 uma taxa de cobertura de testagem e tratamento do VIH Sida em 99 por cento.
No dia em que se comemora a jornada mundial de combate a Sida, a taxa de seroprevalência mantêm-se em 0,5 por cento. Mas a redução da ajuda dos parceiros externos poderá comprometer o combate a doença em São Tomé e Príncipe.
O programa de combate a Sida beneficia do apoio do Fundo Global que registou uma redução significativa nos últimos anos segundo o seu coordenador, o médico Bonifácio Sousa .
Há 30 anos que o país vem desenvolvendo a sua politica de combate ao HIV-Sida, cuja taxa de seroprevalência situa-se actualmente em 0,5 por cento. Segundo sublinhou Bonifácio de Sousa,o fornecimento de anti-retrovirais, actualmente é gratuito,pode vir a estar comprometido, caso se acentue a escassez da ajuda segundo sublinhou Bonifácio Sousa.
Correspondência Maximino Carlos. S.Tomé e Príncipe 01 12 2018
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